Endividamentos podem ser sinônimo de investimentos, no entanto, quando descontrolados, trazem grande risco à saúde financeira de um time de futebol.

O endividamento líquido dos clubes que formam a elite do futebol brasileiro, segundo apuração do UOL,  ficou em R$ 10,4 bilhões ao fim de 2021, um pouco menor em comparação ao ano anterior, R$ 11,2 bilhões de 2020.

Liderando a lista, está o atual campeão brasileiro, o Atlético-MG, teve no ano de 2021  uma dívida de R$ 1,3 bilhão, seguindo o galo, aparece o rival mineiro Cruzeiro  com R$ 1,020 bilhão, e o Corinthians que deve R$ 928 milhões.

O problema, no entanto, não é a dívida em si, a quantidade de receita que o time recebe, se for menor que o que precisa pagar, aí a situação já é mais complicada. As dúvidas do Galo, por exemplo, são mais perigosas que de outros clubes, já que, 38% do que o clube deve, cerca de cerca de R$ 498 milhões, são formados por pendências com empresários, bancos e passivos trabalhistas. 

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“O problema não é a dívida. O problema é a relação entre dívida e receita. O clube que fica em um corte acima de dois já indica uma situação crítica. É uma situação, se fosse uma empresa regular, de quase insolvência. As soluções aqui passam por reduzir o investimento no plantel e conseguir renegociações”, pontua Gustavo Hazan, gerente da área de esportes da EY.

Ou seja, olhar o indicador de dívidas para tirar uma conclusão, pode não ser o melhor caminho para entender a atual situação dos times.

“Ao usar apenas um indicador para tirar conclusão, a chance de ter uma análise rasa é muito grande. Se olhar somente o endividamento, não vamos entender se o clube consegue gerar caixa, se essa é uma dívida saudável, se os parcelamentos estão equalizados. É preciso entender mais a estratégia do que a foto de um número, especificamente”, afirma Pedro Daniel, diretor executivo da área de esportes da EY Brasil.


Veja abaixo o ranking das maiores dívidas do futebol brasileiro:

1 – Atlético-MG: R$ 1,3 bilhão

2 – Cruzeiro: R$ 1,020 milhões

3 – Corinthians: R$ 928 milhões

4 – Botafogo: R$ 863 milhões

5 – Vasco: R$ 710 milhões

6 – Fluminense: R$ 664 milhões

7 – São Paulo: R$ 642  milhões

8 – Internacional: R$ 631 milhões

9 – Santos: R$ 509 milhões

10 – Palmeiras: R$ 434 milhões

11 – Grêmio: R$ 402 milhões

12 – Flamengo: R$ 323 milhões

13 – Coritiba: R$ 288 milhões

14 – Red Bull Bragantino: R$ 275 milhões

15 – Bahia: R$ 202 milhões

16 – Athletico-PR: R$ 191 milhões

17 – Goiás: R$ 68 milhões

18 – Fortaleza: R$ 36 milhões

19 – Ceará: R$ 32 milhões

20 – Atlético-GO: R$ 9 milhões

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