A comissão técnica do Clube do Remo segue se adequando para manter a melhor qualidade física dos atletas nesse período sem atividades oficiais, com planilhas de treinamentos diários individuais em suas respectivas residências há cerca de um mês. E os profissionais da saúde também estão de olho nos bastidores, na articulação do protocolo que irá moldar a nova identidade do futebol no seu retorno, hoje ainda indefinido, como a ampliação de substituições de atletas nas partidas, de três para cinco jogadores.
A ideia é que a nova regra, quando e se aprovada, passe a valer para dar suporte aos jogadores devido o longo tempo parado de competições intensas, que já dura três meses, a exemplo do futebol paraense. O fisiologista do Leão, Erik Cavalcante, aproveitou para explicar detalhadamente que o aumento de trocas por jogo é o caminho ideal para que uma equipe possa atuar de forma mais dinâmica e competitiva na mesma sintonia de prevenção física, que será determinante daqui para frente.

Por isso, Erik Cavalcante enumerou ponto a ponto, desde as críticas ao cuidado com o atleta em termos de horários e locais de jogo; o impacto técnico e tático que um time pode obter positivamente com a disposição de um número maior de substituições; e o nivelamento coletivo embasando-se em desportos de alto rendimento, como o futebol.

CINCO SUBSTITUIÇÕES

“Há um bom tempo que a minha doutrina na fisiologia sempre prima pela alta qualidade no rendimento. Óbvio que a gente quer ver o atleta sempre em alta performance, mesmo que esteja desgastado. Com relação às cinco substituições, vamos ficar praticamente com a metade da equipe para ser substituída a qualquer momento, já que entendo que o goleiro joga outro esporte ali dentro do futebol. É uma renovação de 50% não só tática e técnica, mas física e torna o jogo dinâmico na sua totalidade. Dar ferramenta ao técnico para que possa mexer no contexto. Hoje temos três substituições muito presas às questões físicas. A gente não substitui, porque daqui a pouco


um jogador pode sentir.”

CRÍTICAS

“A gente tem algumas críticas a se fazer a horários de jogos e gramados. Aqui no nosso Estado então…. Sempre estivemos na linha de frente do combate a determinados horários de jogos. Jogar às 10h aqui, meu Deus do céu, é um sacrifício muito grande e pesa muito na capacidade física do atleta e até no quesito saúde é comprometido. Com as cinco substituições, a gente entende que vai prevenir

e sair de alguns problemas.”

UPGRADE

“No nosso lado fisiológico, também, para dar um ‘upgrade’ na qualidade física, na prevenção do atleta e da intensidade do jogo. Vejo com muito bom grado e serei uma das pessoas que irá defender (cinco substituições). Vejo o handebol, no futsal, que a substituição é limitada e você usa todos os jogadores. Realmente não tem reservas, mas pessoas que vão participar de todos os jogos. Acredito que no futebol, no futuro, esse número seja vindouro, agora por esse momento acabou calhando e sou totalmente a favor e creio que o espetáculo vai ser melhorado.”

(Matheus Miranda / Diário do Pará)

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