O ex-jogador de futebol e senador Romário (PL-RJ) deixou as desavenças que tinha com Zagallo de lado e lamentou a morte do Velho Lobo. Pouco antes de tomar posse como presidente do America do Rio de Janeiro, o Baixinho comparou Zagallo a Pelé e disse que o tetracampeão mundial deixou um legado importante para o futebol.

Zagallo morreu no fim da noite de sexta-feira (5). Ele estava internado desde 26 de dezembro no hospital Barra D’Or, na zona oeste da cidade, e teve falência múltipla de órgãos.

“Em relação à importância para o nosso futebol, principalmente brasileiro, ele [Zagallo] tem a mesma importância de um Pelé”, disse Romário.

“Zagallo realmente sempre foi um vitorioso, tetracampeão mundial. Deixou um legado importante para todos nós. Hoje é um dia triste para o futebol”, acrescentou.


A relação entre Romário e Zagallo foi marcada por brigas. Um dos episódios mais marcantes foi durante a época em que o técnico comandava a seleção brasileira, a caminho da Copa do Mundo de 1998.

Ao ser substituído em jogo contra a Costa Rica, em 1997, Romário xingou Zagallo e reclamou da decisão do técnico. Dias depois, tentou minimizar o caso, mas admitiu à Folha de S.Paulo na época que “ninguém gosta de ser substituído”. Na Copa do Mundo do ano seguinte, em 1998, ficou de fora da seleção.

Os dois também travaram brigas judiciais. Zagallo processou Romário por conta de uma caricatura do Velho Lobo na porta do banheiro de uma boate que pertencia ao ex-jogador.

“Todos sabem da minha relação com Zagallo… Na verdade, a gente não tinha nenhum tipo de relação, mas uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa, eu tenho que admitir”.

Romário tomou posse neste sábado como presidente do America, time tradicional carioca. Clube de coração do pai do senador, Edevair, o time também era uma paixão de Zagallo. Foi com a camisa vermelha e branca que o Velho Lobo iniciou sua carreira no futebol, entre 1948 e 1949. Pelo America, ele também foi atleta de tênis de mesa e sócio do clube.

Apesar da ligação íntima de Zagallo com o time, Romário não mencionou o antigo desafeto em seu discurso de posse. Preferiu exaltar o amor que seu pai tinha pelo clube, no qual encerrou sua carreira como jogador, em 2009.

“Hoje é um dos dias mais especiais da minha vida. Acabo de tomar posse como presidente do America, meu time de coração, o clube que eu passei a amar através de meu saudoso pai, seu Edevair.”

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