O inglês Lewis Hamilton terminou o GP dos EUA em segundo lugar neste domingo (3) e confirmou a conquista da temporada 2019 da F-1, com duas etapas de antecedência. Valteri Bottas, seu perseguidor na luta pelo título individual, venceu a prova, mas não pode mais alcançar o inglês na disputa pelo campeonato. O holandês Max Verstappen completou o pódio.

Com o resultado, o inglês chegou aos 381 pontos e não pode mais ser alcançado por Bottas, que agora tem 314.. É o sexto título da carreira de Hamilton, que seria campeão independentemente de sua posição caso Bottas não vencesse a corrida deste domingo. Como o finlandês ficou em primeiro, o inglês seria campeão se terminasse até na oitava colocação.

A conquista do inglês no GP dos EUA, o antepenúltimo desta temporada, confirma uma tendência recente na F-1, com a decisão do Mundial por antecedência. É a terceira vez seguida que isso ocorre, em todas com o inglês levando o troféu de campeão.

Dos seis títulos conquistados pelo britânico, aliás, quatro foram definidos antes do fim do campeonato, em 2015, 2017, 2018 e, agora, em 2019.

No século, há um equilíbrio. Desde 2001, 11 das 19 temporadas foram decididas antes do fim do calendário, o que inevitavelmente tira um pouco do apelo das etapas restantes, como a próxima corrida deste ano, justamente o GP do Brasil, no dia 17.


Até o Mundial de Construtores já está definido, com a Mercedes campeã, e Valtteri Bottas, companheiro de Hamilton, como o vice.

As últimas duas corridas no circuito de Interlagos também foram com este cenário. O curioso é que, mesmo assim, o público compareceu em grande número ao último GP Brasil.

Segundo os organizadores da prova, 150.307 torcedores estiveram no Autódromo de Interlagos durante o fim de semana da etapa disputada em 2018 –foi o melhor público da corrida desde 2010, ano em que 155.213 pessoas foram ao circuito.

Desde 2004, quando a corrida em solo brasileiro passou a ficar entre as últimas do calendário, em sete oportunidades o campeonato chegou aqui já definido. Por outro lado, seis vezes o campeão foi decidido justamente no Brasil (2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2012).

Lewis Hamilton, inclusive, conquistou o primeiro título de sua carreira em Interlagos, no dia 2 de novembro de 2008, em uma das corridas mais marcantes do circuito.

O brasileiro Felipe Massa, com sua Ferrari, chegou a cruzar a linha de chegada em primeiro e como campeão mundial, mas, na última curva, Hamilton, então na McLaren, ultrapassou Timo Glock, pulou para a quarta posição e tirou o título de Massa, por uma diferença de apenas um ponto.

Hamilton voltaria a ser campeão na última prova em 2014, quando venceu o GP de Abu Dhabi, tornando-se bicampeão mundial, em seu primeiro título pela Mercedes.

Disputar as últimas duas provas deste ano já com o troféu de campeão assegurado dará ao inglês mais tranquilidade para seguir em busca de novos recordes na F-1.

Uma das marcas mais importantes que ele está buscando é o número de vitórias de Michael Schumacher, recordista da categoria, com 91 triunfos. O inglês acumula 83 e tem mais um ano de contrato com a sua atual equipe. O calendário de 2020 ainda não está fechado, mas são previstas, ao menos, 22 provas.

Além disso, o hexacampeão já negocia com a escuderia alemã a renovação de seu contrato. “Sempre gostei de desafios e esta equipe mostrou que está bem preparada para reagir a todas as mudanças”, disse, em referência ao novo regulamento da F-1, que entrará em vigor em 2021.

Recordista de poles (87), segundo piloto com mais vitórias na principal categoria do automobilismo e com seu sexto título na bagagem, Lewis Hamilton também está preparado para a nova F-1 que está por vir e pronto para alcançar novos recordes, sobretudo, igualar o heptacampeonato de Michael Schumacher.

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