Uma “pedreira” é o que o Paysandu deve encontrar, hoje, a partir das 20h30 (de Belém), no jogo de volta contra o Ceará-CE, no Castelão, pela 36ª rodada da Série B do Brasileiro. O Papão, além da força do adversário, que luta pelo acesso à Série A de 2018, terá contra si um estádio lotado de alvinegros dispostos a empurrar o time da casa rumo à elite do Nacional. Enquanto o Vovô luta para assegurar uma das quatro vagas na Primeira Divisão, o Papão busca a vitória que acaba de vez com qualquer ameaça de queda à Série C do próximo ano, oportunidade que o time deixou escapar em casa, na rodada passada, frente ao Brasil-RS.

O Ceará entra em campo mirando a Série A, mas, além de vencer o visitante, a equipe da casa precisa torcer por tropeços do Oeste-SP e Londrina-PR, nas partidas contra o Internacional-RS e Guarani-SP, respectivamente. Fazendo o seu dever de casa, e os concorrentes dando uma “mãozinha”, o time do técnico Marcelo Chamusca, que é o terceiro colocado, com 60 pontos, estará, com duas rodadas de antecipação de volta à Série A em 2018, um grande feito, sem dúvida para o futebol cearense, que este ano já garantiu o retorno do Fortaleza-CE à Série B.

Para os bicolores, resta a chance de jogar água no chope do adversário, com uma vitória que sacramente a quase carimbada permanência do time na Série B. O Papão ocupa a 11ª colocação na tabela de classificação, com 45 pontos e, segundo o site chance de gols, tem apenas 0.01% de chance de cair. Mesmo restando ainda outros dois jogos até o final do campeonato, os bicolores correm atrás dos últimos pontos necessários para passar a régua na participação do time na competição o quanto antes.

SOFRIMENTO


O Paysandu já poderia estar hoje livre de qualquer ameaça de queda, com a diretoria iniciando o planejamento de 2018. Mas, o deslize diante do Brasil-RS, no final de semana, fez com que a equipe do técnico Marquinhos Santos continuasse alimentando, ainda que de forma mais branda, o sofrimento do torcedor. Como tem surpreendido seus adversários fora de casa, é possível quevolte do Ceará livre do fantasma da queda.

NÃO VAI SER FÁCIL, NÃO…

Embora tenha passado, este ano, pelo futebol do Ceará-CE, no qual defendeu, por pouco tempo, o Fortaleza-CE, o lateral-esquerdo Guilherme Santos não chegou a enfrentar o Ceará-CE, conforme revelou, ontem, o atleta, antes do embarque da delegação bicolor. Mas, pelo que vem fazendo o adversário do Paysandu na Série B, o defensor do Papão prevê um jogos dos mais difíceis para o clube na Segundona.

“O Ceará cresceu muito no campeonato”, lembrou Guilherme. “Eles estão muito bem, sem dúvida, mas vejo que nosso time, que tem jogado bem lá fora, tem condições de chegar lá e arrancar pontos”, afirma o lateral. “Vamos pra lá com o objetivo de dar o melhor possível”, argumenta.

Para Guilherme, a derrota, em casa, diante do Brasil-RS, deixou ensinamento ao time bicolor. “Acho que podemos tirar alguma coisa desse tropeço”, confia o defensor. Questionado se já dava o Paysandu como garantido na Série B de 2018, o lateral observou: “Temos de fazer esse trabalho até o final”, observou. “Enquanto não tivermos a última rodada, o campeonato continua”, comentou o atleta.

CEARÁ JOGA SEM LEANDRO CARVALHO

O técnico Marcelo Chamusca resolveu não inventar nada, mexendo o mínimo possível em sua equipe para encarar o Paysandu, hoje à noite, quando o Ceará poderá sacramentar seu acesso à Série A de 2018. “Faltam três jogos para acabar a competição. Não dá para inventar muita coisa no time. Agora precisamos ser simples e objetivos e buscar os três pontos. Contra o Paysandu, será o jogo das nossas vidas”, afirmou ele.

Desta maneira, a tendência é que o Ceará realize apenas as alterações necessárias. O volante Richardson e o meia Pedro Ken cumpriram suspensão automática no empate sem gols diante do Goiás-GO e retornam nos lugares de Valdo e Raul, respectivamente. A outra alteração será no ataque.

Emprestado pelo Paysandu, Leandro Carvalho (foto) só poderia jogar se o Ceará aceitasse pagar aproximadamente R$ 500 mil – valor estipulado no contrato feito entre os clubes. Sem ele, Marcelo Chamusca está em dúvida entre Roberto, Magno Alves e Maikon Leite, com a preferência devendo recair em Magno Alves.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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