A chegada de um novo técnico é, em qualquer clube de futebol, motivo de expectativa e motivação para os atletas, principalmente para quem não vem jogando e, mais ainda, para quem é da casa. É como costumam dizer os próprios jogadores, um começar do zero, com as chances, pelo menos teoricamente, sendo iguais para todos.

A vinda do mineiro Léo Condé para dirigir o Paysandu na sequência da temporada, substituindo João Brigatti, reacendeu a esperança entre alguns dos jogadores do Papão que vinham sendo preteridos pelo ex-comandante, cuja base da equipe já estava formada desde o começo da temporada.

Entre os jogadores locais, o desejo daqueles que já vinham atuando sob a orientação de Brigatti é ratificar a condição de titular, enquanto os demais alimentam a esperança de deixar o banco de reservas e, em outras situações, deixar a condição de esquecido e assumir uma vaga na equipe.

O elenco bicolor é constituído por 29 jogadores, dos quais 13 são paraenses, o que representa 44,8% do elenco. Alguns desses atletas, porém, mesmo sendo paraenses, vieram de outros centros, não sendo, portanto, formados na Curuzu, casos dos atacantes Paulo Rangel, de larga rodagem, e Paulo Henrique.


O fato de terem sido importados faz com que a dupla de Paulos conte com um pouco mais de prestígio, deixando que a briga maior pela titularidade seja travada entre os companheiros que deixaram a base ou que vieram de outras equipes menores do futebol local. Em suas primeiras duas partidas à frente do time, Condé lançou mão de oito jogadores locais, alguns deles há algum tempo esquecidos na Curuzu, como, por exemplo, o volante Willyam, que reapareceu na equipe na derrota, por 3 a 1, diante do Independente, na última quinta-feira.

A lista de paraenses lembrados por Condé tem ainda o zagueiro Perema, o meia Alan Calbergue e os atacantes Paulo Henrique e Elielton, este principal surpresa, utilizado nos dois jogos do treinador no comando da equipe.

Os demais são o lateral-esquerdo Diego Matos e o atacante Paulo Rangel, mas estes já vinham sendo titulares ou quase isso. Alguns atletas locais ainda seguem no anonimato, mas vislumbram a chance de a “a porta da esperança” ser aberta a pelo novo treinador, situações que se aplicam aos atacantes Felipe de Jesus e João Leonardo, com um e nenhum jogo, respectivamente, pelo time.

Os demais esquecidos, porém, esperançosos da titularidade, são jogadores recém-promovidos da base. São eles, o goleiro Afonso, o volante Yure, o meia Vitor Diniz e o atacante Bruce, que precisam, além da sorte, de muito trabalho para chegar a titularidade.

Perema deve retomar a titularidade

 Depois da desastrosa atuação do time na derrota, por 3 a 1, diante Independente, na última quinta-feira, resultado que deixou a classificação do Papão à semifinal do Parazão mais distante, o zagueiro Perema poderá, tudo indica, reaparecer como titular no jogo de volta contra o Galo, amanhã, na Curuzu. O defensor passaria a ter assim a sua segunda oportunidade na equipe sob o comando de Léo Condé, engrossando a lista de atletas locais no grupo titular bicolor.

Perema havia jogado pela última vez pelo Paysandu na vitória por 3 a 2 sobre o Figueirense-SC, pela Série B do Brasileiro de 2018. Até reaparecer no time bicolor na vitória sobre o Águia, por 2 a 0, pela última rodada da fase de classificação do Estadual. Durante o tempo que ficou ausente, o jogador esquentou o banco de reservas e, por algum tempo, esteve entregue ao Departamento de Saúde do clube tratando de uma lesão no joelho esquerdo.

O fato curioso é que o zagueiro foi o atleta local mais utilizado nos dois primeiros jogos dos últimos cinco treinadores do Paysandu – Dado Cavalcanti, Marquinhos Santos, Guilherme Alves, João Brigatti e, agora, Léo Condé. Vindo do futebol de Santarém, esteve em ação em pelo menos uma das partidas dos ex-treinadores e do atual comandante bicolor. O jogador conta com um total de 80 partidas pelo clube desde a temporada 2017.

(Nildo Lima/Diário Pará)

 

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