Papão sobrando e Japiim em alta

 

O Campeonato Estadual foi retomado em grande estilo, com alguns confrontos tecnicamente bons e – mais importante – muitos gols. Em cinco partidas, foram 20 gols, média de 4 gols por. Tamanha exuberância ofensiva surpreendeu a quem temia que a longa interrupção trouxesse equipes lentas e pouco entrosadas.  

A primeira goleada ocorreu no sábado à noite, no Mangueirão. O PSC era favorito, mas a goleada evidenciou as fragilidades do Paragominas. Foi uma atuação sem maiores sobressaltos, quase em ritmo de treino na maior parte do tempo. Sólida na marcação, a equipe de Hélio dos Anjos não permitiu ao Jacaré muito mais do que alguns contra-ataques.

No começo, a zaga apresentou problemas, mas aos poucos o Papão se estabilizou e passou a chegar com perigo. O gol de abertura veio quando Tony arrancou pela direita, bateu cruzado e Nicolas chegou tocando para as redes. Logo a seguir, uma cobrança de falta explodiu na trave do Paragominas. Deivid Souza ainda teve tempo de bater de canela, perdendo um gol feito no fim do 1º tempo.

Na etapa final, o Papão controlou ainda mais as ações, explorando as muitas falhas de marcação do adversário. Os gols vieram naturalmente, com Uchoa, Mateus Anderson e Vinícius Leite. Um triunfo tranquilo, de um time ajustado, que, mesmo sem criatividade no meio, compensa com objetividade ofensiva. Nicolas, Vinícius Leite e Mateus Anderson foram os mais acionados e participativos do lado bicolor.

Sábado pela manhã, na Curuzu, o Castanhal passou pelo Tapajós, com vitória de 2 a 1, mais complicada do que se supunha. William Fazendinha marcou duas vezes para o Japiim e o time santareno descontou no final, mas reclama um pênalti não marcado quando o placar estava 1 a 0.

O triunfo deu ao time de Artur Oliveira a vaga nas semifinais do Parazão e, depois de 17 anos, o acesso a uma competição nacional – vai disputar a Série D 2021. Parte das metas do clube está cumprida, mas o Castanhal quer mais: sonha com o título, pretensão inteiramente legítima.


Sob calor e emoção, Leão supera um Águia cauteloso demais

 

Os jogos de domingo sustentaram o nível dos embates da véspera. O Baenão foi palco de uma partida disputadíssima, com forte equilíbrio no primeiro tempo e que terminou com um placar pouco condizente com as dificuldades vistas em campo. O Remo venceu por 4 a 2, mas sofreu para superar a retranca e a catimba do Águia, que saiu na frente e terminou o primeiro tempo vencendo por 2 a 1.

A vantagem parcial foi conquistada com méritos pela equipe de João Galvão. Marcou bem as saídas do Remo e se aproveitou de erros de marcação à entrada da área, quase todos propiciados pelo volante Xaves. Carlinhos fez 1 a 0, aproveitando rebote de Vinícius. Gustavo Ermel empatou, encobrindo o goleiro, aos 34’, e Bruno Oliveira desempatou aos 44’ em caprichada cobrança de falta.

Erros cometidos pelo Remo – e por Mazola – na etapa inicial foram corrigidos após o intervalo, com mudanças pontuais que rejuvenesceram a equipe e permitiram furar o bloqueio (e o cai-cai) do Águia. Eduardo Ramos, que perdeu pênalti aos 32’ do 1º tempo, foi o destaque da tarde ensolarada no Evandro Almeida. Atuou por 90 minutos cumprindo funções essenciais no meio e aparecendo também como finalizador.

O placar final é ilusório porque a vitória remista só foi construída a partir dos 36 minutos do 2º tempo, quando ER empatou rebote do goleiro em chute de Robinho. Até então, o Remo tinha a bola, mas nenhuma inspiração para furar a marcação. Com as trocas de Xaves por Charles, Gelson por Robinho e Ermel por Ronald, o time ganhou vida nova.

Ramos desempatou aos 46’, aparando de chapa o cruzamento açucarado de Ronald. Douglas Packer fez o 4º gol aos 52’, aproveitando jogada puxada por Ronald na direita. Os mais produtivos foram Ermel, Dudu Mandai, Robinho e Dudu Mandai. Everton e Zé Carlos não atuaram bem.

O Águia acabou castigado por ter desperdiçado tanto esforço em não insistir com o ataque. Tinha espaço para pressionar, mas preferiu se recolher a uma tática de cautela que acabou atraindo o Remo para o seu campo. Vitória justa do Leão, mas com alguns pontos carentes de solução, principalmente na arrumação da meia-cancha. Principais nomes do Azulão: Bruno Collaço, Guilherme e Bruno Oliveira.

Pela manhã, no Mangueirão, o Bragantino passou pelo Independente, marcando 2 a 0, e candidatando-se à conquista da quarta vaga das semifinais. Determinado, o Tubarão não deu chances a um Galo Elétrico já sem grandes ambições.  

 

 

Show de Hamilton vai virar muleta nos compêndios de autoajuda

Lewis Hamilton, o primeiro piloto negro da F1, Está definitivamente no panteão dos grandes nomes da categoria, o único capaz de superar as façanhas do alemão Michael Schumacher em títulos, coisa que parecia improvável até pouco tempo atrás.   

Ontem, Hamilton se superou. Venceu o GP da Inglaterra de forma dramática, atravessando a linha de chegada com pneu estourado. Lembrou astros célebres pela audácia, como Gilles Villeneuve, François Cevert e James Hunt, revivendo a aura de heroísmo que a F1 parecia ter esquecido.

O lado ruim, como um gaiato lembrou nas redes sociais, é que o exemplo de superação de Hamilton certamente vai desencadear uma batelada de textos de disciplina, profissionalismo e outras patacoadas do mundo coach. 

 

Lewis Hamilton, o primeiro piloto negro da F1, Está definitivamente no panteão dos grandes nomes da categoria, o único capaz de superar as façanhas do alemão Michael Schumacher em títulos, coisa que parecia improvável até pouco tempo atrás.   

 

 

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui