Embora líder da sua chave e de forma isolada, além de possuir a melhor defesa de toda a competição (grupos A e B) com apenas 1 tento sofrido, o Clube do Remo, que tem exibido progresso em campo, quer ratificar o bom momento na Série C para se estabilizar na ponta da tabela, com foco agora em outro fundamento: o de gols marcados. Apesar da constância apresentada jogo após jogo, o time, que chegou a balançar as redes em duas oportunidades no duelo passado, na vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-AC, acredita que pode melhorar no quesito.

Atualmente, o Leão balançou as redes em cinco oportunidade, assim, com média de 1 gol por partida. No entanto, o setor ofensivo tem sido menos eficiente que o do São José-RS, por exemplo, que embora esteja na quinta colocação, tem saldo melhor que o dos paraenses. No compromisso anterior contra o Galo Carijó, o Remo teve a chance de depenar o adversário e aplicar uma verdadeira goleada, mas deixou escapar a brecha ao desperdiçar inúmeras oportunidades. O mesmo aconteceu com o Ypiranga-RS, partida essa que o time não conseguiu marcar.

Os jogadores do elenco comentaram a respeito do “open bar” de gol perdidos, apontando que a quantidade é importante nessa fase da competição, justamente pelo critério de desempate. “Jogos assim nós temos que golear. Toda oportunidade que aparecer não pode dar mole: é fazer sempre que possível”, havia dito o zagueiro/lateral Rafael Jansen.

TRANQUILIDADE


Apesar do toque, no entanto, a vitória na última rodada, que deu sequência à invencibilidade do clube na competição, levou calmaria ao time, dessa maneira, minimizando a cobrança até então.

Outro detalhe foi a postura dos jogadores de ataque, que se movimentaram entre os setores, com destaque para o centroavante Emerson Carioca, que foi peça ativa diante dos acreanos. Sem tanto fôlego para percorrer o campo, o camisa 9, deu amparo na função de pivô, saindo da pequena aérea ao invés de esperar bola no pé. “A gente trabalha para fazer o nosso melhor. As coisas estão acontecendo. Eu me dedico muito e sei do meu potencial em ajudar esse time a buscar os gols”, disse o jogador.

Para técnico, problema é a afobação…

Satisfeito com o desenvolvimento da sua equipe, que passou a atuar de forma mais convincente e efetiva, dentro ou fora de casa, o treinador do Remo, Márcio Fernandes, também comentou sobre a falta de aproveitamento geral no último toque do time para conclusão ao gol. Antes de seguir viagem a Tombos (MG), local da partida da próxima segunda-feira (3) contra o Tombense, a comissão técnica deverá ajustar ainda em Belém o trabalho de finalização.

Como observou o técnico, a situação está mais ligada à ansiedade do jogador em resolver a parada do que propriamente na capacidade de cada atleta. “Precisamos decidir melhor a jogada. Tem momentos que a gente tem que chutar, mas a gente passa; outros que a gente tem que passar, mas a gente quer chutar ou dar o drible. Ou seja, esse ‘time’ (tempo) a gente está se precipitando muito na hora de decidir”, apontou Fernandes.

Como o treino foi fechado à imprensa ontem, Márcio Fernandes adiantou somente a entrada de Daniel Vançan na vaga de Ronaell, lesionado. Para o técnico, essa será uma disputa sadia, mas que não afetará o estilo de jogo da equipe que tentará se impor contra o Tombense. “São dois jogadores que têm características parecidas. A gente não vê diferença. O Remo tem uma filosofia de jogo e dentro ou fora a gente não muda, vamos jogar da mesma forma e esperar fazer um bom jogo”, destacou.

(Matheus Miranda/Diário do Pará)

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