Em sua leitura do jogo contra o Confiança-SE, o técnico Léo Goiano não escondeu que lamentou o rumo que a partida tomou e classificou o empate como uma tragédia. “O Mangueirão estava lotado, o torcedor veio e apoiou, o que era um grande desejo meu. Eu devo satisfação para o torcedor, entendo a cobrança. A minha insatisfação é pelo que aconteceu da forma como aconteceu. Tínhamos o jogo controlado, fazíamos muitas coisas boas. Em um minuto e meio de desatenção, jogamos tudo a perder. Foi uma tragédia o que aconteceu hoje no Mangueirão”, disparou o treinador remista.

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O comandante do Leão também reconheceu que as substituições promovidas não foram totalmente felizes, mas destacou as limitações que o grupo azulino impõe. “Pelos desequilíbrios no elenco que eu tenho, não acho que tenha mexido tão errado. Eu não tenho outro lateral-direito. Tem dias que nada dá certo. O Léo Rosa hoje estava num dia desses. Ele cansou e precisamos improvisar. Na primeira improvisação, fomos bem. Quando o França cansou e pediu para sair, puxamos o Leandro, que é lateral também, para dar mais consistência nos duelos de um para um. Ele foi bem, tanto que os gols não saíram por aquele setor, mas sim fruto de desatenção”, comentou Léo Goiano.


Na avaliação do técnico, o Remo tinha a partida nas mãos, apesar das dificuldades do adversário, com a vantagem de 2 a 0 no placar construída. Os gols do Confiança foram explicados como lances fortuitos. “Foi um jogo ofensivo, equilibrado, de imposição mental e física. Num momento inesperado sofremos um gol. E um minuto depois, num lance inacreditável, o jogador deles acertou um chute quase impossível de acertar. Agora é trabalhar durante a semana. Se torna uma obrigação nossa buscar essa vitória fora de casa. O torcedor tem de fazer o que fez hoje”, encerrou o comandante.

Leão teve uma estratégia de jogo confusa

O Remo iniciou o jogo com a formação usual nas últimas rodadas, 4-4-2, com três volantes e um meia. França e Dudu, jogando próximos dos laterais, deveriam atuar como meias quando estivessem com a bola nos pés, mas a opção do jogo na base da ligação direta fez com que eles quase não fossem acionados durante a partida, tornando ambos de pouca função. A ligação direta estourava nos pés de Léo Rosa e Pimentinha, que não fizeram boa exibição na primeira etapa. O lateral azulino passou a receber vaias a cada toque na bola.

No segundo tempo, o técnico Léo Goiano tentou reconstruir seu setor direito sacando Léo Rosa e colocando Ilaílson. O jogador passou a fechar mais os avanços, mas apareceu pouco para apoiar as subidas, ajudando a puxar o time para o próprio campo de defesa. A entrada de Igor João, no lugar de França, puxou Ilaílson para o meio campo e o zagueiro Leandro para a lateral-direita. Apesar dos jogadores contarem com qualidade para o apoio, o que se viu em campo foi um time cada vez mais cauteloso. A entrada de Edgar, no posto de Pimentinha, cansado, ajudou a dar mais força para o Leão nos contra-ataques com a maior força física e explosão do atacante, mas com poucos minutos em campo, pegou o time baqueado com o empate e não teve tempo de fazer a diferença.

(Taion Almeida/Diário do Pará)

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