O lateral-esquerdo Diego Matos e o atacante Elielton possuem o mesmo objetivo no Paysandu, mas percorrem trajetórias diferentes. Enquanto o primeiro vem se mantendo como titular da equipe, o outro busca seu espaço no grupo. Diego tem aproveitado bem o fato de Bruno Collaço, que vinha sendo o titular da posição, ter sofrido uma lesão. O defensor já ocupava a posição nos últimos jogos do Papão sob o comando do técnico João Brigatti, mas agora está precisando comprovar seu potencial ao novo treinador, Léo Condé.

“Agora começa tudo do zero com a chegada do novo treinador”, reconheceu Matos, logo após o anúncio da contratação de Condé. “É preciso treinar e jogar bem para que o técnico tenha uma boa impressão e eu possa, assim, me manter na equipe”, completou o atleta, cria do clube, pelo qual já disputou um total de 16 partidas como profissional, anotando um gol, justamente no principal confronto do Estadual, o clássico Re-Pa. “Meu objetivo é me manter como titular, já que na sequência do Parazão teremos o Brasileiro”, argumentou Matos, se referindo a participação bicolor na Série C, cujo início será em meados desse mês.

Elielton defende o Papão pela primeira vez na carreira, tendo disputado até aqui seis jogos, sem deixar sua marca de goleador. O jogador vinha sendo prestigiado pelo técnico Condé, que o utilizou nos últimos dois jogos do time, o primeiro, contra o Águia, quando o atleta entrou no decorrer da partida, e diante do Independente. Um bom começo. Contudo, uma lesão no tornozelo sofrida na partida frente ao Galo poderá fazer com que o atleta tenha a sequência atrapalhada e até mesmo a possibilidade da titularidade ameaçada.


Pratas da casa têm vez com Condé 

Dos últimos cinco treinadores que passaram pela Curuzu, o atual, Léo Condé, foi quem mais utilizou jogadores paraenses nos dois primeiros jogos de sua equipe. Contabilizadas as partidas contra o Águia, que marcou sua estreia, em Marabá, e Independente, em Tucuruí, ele lançou mão de um total de 8 jogadores regionais, três deles formados na base do clube: Diego Matos, Willyam e Alan Calbergue. Os demais foram Victor Oliveira, Perema, Elielton, Paulo Rangel e Paulo Henrique.

 De todos os jogadores utilizados pelo recém-contratado treinador bicolor, apenas Elielton e Paulo Henrique não vinham tendo oportunidades na equipe até a saída de João Brigatti. O que chama a atenção é que Condé, diferente de seus antecessores no cargo, em nenhum momento adotou o surrado discurso de valorizar o jogador regional. Postura bem diferente da adotada pelos treinadores Marquinhos Santos, Dado Cavalcanti, João Brigatti e Guilherme Alves.

Dos cinco treinadores, o que menos prestigiou os jogadores locais em seus primeiros dois jogos no comando do time foi Dado Cavalcanti. O treinador, que esteve na Curuzu no ano passado, escalou Perema, Willyam e Magno nos jogos em que o Paysandu derrotou o Parauapebas (2 a 1) e o Castanhal (4 a 0), pelo Parazão de 2018. Apenas o atacante Magno, hoje no futebol de Portugal, não faz parte do elenco bicolor deste ano.

(NIldo Lima/Diário do Pará)

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