Com exceção da rivalidade, o clássico Re-Pa de hoje não tem maior relevância para o Campeonato Paraense. Papão e Leão estão praticamente classificados para a fase semifinal e, se passarem daí, só se encontrarão novamente na decisão. No entanto, os dois rivais estão em situações curiosas, de incertezas e sob os olhares da torcida.

O jogo das 16h, no Mangueirão, o segundo clássico do ano, terá como principais novidades os treinadores. No Remo, Márcio Fernandes conhece o Re-Pa de quando era jogador e defendeu o Paysandu, na década de 1980. Ele vai para a terceira partida no comando do Leão Azul e procura a primeira vitória. No Paysandu, Leandro Niehues é o treinador interino desde a demissão de João Brigatti, semana passada.


Num momento muito melhor, líder geral e com os melhores números, o Papão poderia ter sido apontado como favorito – se é que isso existe num Re-Pa -, mas a mudança de comando fez com que a partida de hoje ficasse envolta em expectativas. Até momentos antes do apito inicial, ainda se espera por surpresas na escalação. Para Niehues, os dias que antecederam o clássico foram bons, o que lhe dá a certeza que a equipe pode manter o aproveitamento até aqui. “Eu e os demais integrantes da comissão técnica permanente procuramos maximizar os pontos positivos da equipe e corrigindo os pontos que entendemos que devem ser melhorados”, afirmou o interino.

A situação desviou um pouco o foco do Re-Pa, que estava quase que totalmente voltado para a situação nada confortável dos azulinos. Por mais que o Remo esteja virtualmente classificado para a semifinal, o time não consegue se acertar, vive questionamentos quanto ao condicionamento físico, quem joga não se destaca e quem entra não corresponde. Depois do 3 a 0 sofrido no primeiro Re-Pa, ninguém cogita mais um vexame.

Para o goleiro Vinícius, no entanto, o time tem que manter o foco na disputa do título e, mesmo com toda a rivalidade, não pode se abalar com qualquer que seja o resultado de hoje. Sobre a troca de comando no rival, ele diz não acreditar que isso possa desestabilizar o Paysandu. “Não acredito em turbulência do lado de lá. Eles estão bem na competição e nós temos que pensar no nosso lado”.
Pelo lado bicolor, o discurso é de otimismo, mesmo com a inesperada troca de comando. “Estamos confiantes, realizando um bom campeonato. O que muda é a figura do treinador, dando o ritmo dele, a forma de jogar e passando as orientações, mas para o jogo em si não muda nada. Estamos focados e comprometidos”, confirmou o atacante Nicolas.

(Tylon Maués/Diário do Pará)

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