No futebol, a pressão é uma constante. Os torcedores apaixonados, ávidos por resultados positivos, e as expectativas elevadas podem pesar sobre os ombros dos jogadores e da comissão técnica. Porém, é responsabilidade da diretoria do clube avaliar o perfil dos contratados.

A declaração do executivo de futebol do Clube do Remo, Sérgio Papellin, sobre alguns atletas estarem sentindo pressão da torcida e que isso estava impactando o desempenho da equipe levanta questionamentos sobre o planejamento do clube.

Papellin não hesitou em apontar a pressão como um fator determinante no atual momento do time. Ao destacar a preferência de jogar no Mangueirão em vez do Baenão, ele sublinha a intensidade do ambiente e a exigência da torcida presente na casa do próprio clube.

“Notamos que alguns jogadores sentem alguma insegurança na produção, pois a torcida pressiona e se eu tivesse em outro clube, preferia jogar contra o Remo no Baenão do que no Mangueirão, pois o Mangueirão é um campo mais afastado, um ambiente de uma certa serenidade e aqui (Baenão) a pressão é muito grande e alguns jogadores estão sentindo isso”, destacou.

 

 


Essa pressão, segundo ele, está afetando alguns jogadores, gerando insegurança e impactando negativamente na produção em campo. Contudo, o executivo apela por tempo e paciência, sugerindo que uma mudança repentina pode não ser a solução imediata.

“Estamos satisfeitos com o desempenho do time? É lógico que não! Mas temos a convicção de que pode melhorar com a sequência de trabalho. A cobrança em cima dos atletas é muito grande, porque a responsabilidade não é só do treinador, o elenco que montamos não era para estar nessa situação, mas tem que dar um tempo, vamos dar esse tempo até o momento em que nós tivermos a convicção de que precisamos mudar”, ressaltou.

 

 

É de conhecimento nacional que o Clube do Remo tem uma das maiores torcidas do Norte e claro que a cobrança é grande. O Fenômeno Azul sempre possui grandes médias de público e sempre respondeu à altura quando o clube precisou, mesmo muitas vezes o Leão não merecendo.

Se você contrata um atleta sem avaliar o perfil dele, você falha. E, mesmo havendo este erro na pesquisa de alguns jogadores, a gestão e preparação psicológica do elenco para lidar com a pressão são aspectos cruciais que devem ser colocados em prática.

Se você tem um atleta que não é mentalmente forte, capaz de lidar com a intensidade do apoio da torcida e a cobrança por resultados, ele não vai render e os gastos com ele terá um peso diferente e maior, já que não entrega resultado.

O Remo tem necessidades e possui toda uma cultura ao redor do ambiente de trabalho. Todos os envolvidos precisam estar cientes dos objetivos, das expectativas e dos desafios enfrentados pelo clube. Caso alguém falhe, uma temporada toda pode ir por água abaixo.

Em resumo, o Leão precisa de uma análise crítica do planejamento e da gestão frente à pressão enfrentada pela equipe. É hora de avaliar e ajustar estratégias para garantir que o time possa superar os desafios e alcançar o sucesso almejado pelo Fenômeno Azul.

A derrota para o Porto Velho-RO, na primeira fase da Copa do Brasil, custou aos cofres azulinos R$ 945 mil, que faria o Leão somar R$ 1.732,5 milhão em premiações. Além disso, a não classificação tirou o direito da equipe de disputar mais R$ 2,205 milhões.

Sem Copa do Brasil, resta o Campeonato Paraense, onde a equipe é a terceira colocada com 10 pontos, a Copa Verde e a Série C do Campeonato Brasileiro. Ou demite quem não se garante no Baenão, ou então faz um trabalho melhor de psicologia com esses jogadores.

 

 

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