Leão arranca vitória na raça

 

As bolas cruzadas e as trombadas deram o tom de grande parte do jogo entre Jacuipense e Remo, ontem à noite, no estádio Valfredão, no interior da Bahia. Os donos da casa tomaram a iniciativa tentando pressionar o visitante logo de cara. Com uma batelada de volantes, o Leão tinha dificuldade para se organizar e tomou o gol muito cedo.

Aos 9 minutos, os donos da casa pressionaram pelo lado direito do ataque e a bola foi erguida na área pelo lateral Lucas. O cruzamento foi na cabeça de Eudair, que se enfiou entre os zagueiros Jansen e Mimica para desviar no canto esquerdo de Vinícius.

Parecia mais um daqueles jogos que o Remo costuma entregar bobamente no interior nordestino. Com quatro volantes – Charles, Lucas, Julio Rusch, Gelson – e Gustavo Ermel como único atacante de ofício, a equipe tinha dificuldades de encaixar ataques, apesar da insistência em tentar igualar o marcador.

Aos 20’, Charles subiu mais que a zaga para desviar cobrança de escanteio, mas erra o alvo desperdiçando boa chance. O Remo tinha domínio, mas não acertava o pé nas investidas contra o gol da Jacuipense.

Pouco efetivo no meio-campo, o time esticava bolas para encurtar a distância até o gol adversário. Em jogadas principalmente pela ala esquerda, com Marlon e Ermel, começou a incomodar e provocar erros na defesa da Jacuipense.

O empate quase aconteceu em tentativas de Rafael Jansen e Gelson. A grande chance do Leão, que tomou conta do jogo nos 10 minutos finais, foi com Ermel. Ele desviou na trave um bom cruzamento de Marlon, aos 44’. A jogada deve ter animado o time, que voltou mais plugado na etapa final.


Logo aos 2 minutos, Lucas Siqueira recebeu a bola na intermediária, avançou um pouco e disparou um chute forte à meia altura, no canto esquerdo da trave de Luan, empatando a partida.  

Em vantagem, o Remo passou a controlar as ações, fazendo valer a marcação forte à frente da defesa, sem dar espaços aos atacantes e meias da Jacuipense. Ermel deu duas escapadas perigosas, mas o gol não saiu.

Aí, aos 33’, Levi bateu em direção à área, a bola resvalou na zaga e o árbitro deu o penal. Eudair ensaiou paradinha, mandou no canto é Vinícius agarrou em dois tempos.

No final, depois de Popô perder grande chance, Eduardo Ramos pegou a bola ao lado da área, passou por dois marcadores e bateu no canto direito, virando o placar aos 49′. O Remo jogava com um a menos, pois Marlon havia sido expulso.

Boa estreia azulina, pontuando fora de casa, apesar da atuação meio atrapalhada no início do jogo. Para variar, quando a situação exigiu, Eduardo Ramos estava lá para resolver. Poupando-se visivelmente ao longo da segunda etapa, reapareceu no momento certo. 

Em tempo: há 12 anos (desde 2008), o Remo não vencia em estreias de Campeonato Brasileiro. 

 

 

Na correria e sem inspiração, Papão só empata em casa

 

O clássico regional não correspondeu às expectativas quanto à qualidade do jogo. O PSC time se movimentou mais que o Santa Cruz nos primeiros momentos do confronto. Chegou a estabelecer uma meia pressão, tentando alguns arremates de fora da área, com Alex Maranhão e PH. No segundo tempo, porém, o desgaste falou mais alto e foi o visitante que teve as melhores oportunidades. Para o torcedor alviceleste, sobraram motivos de preocupação pelo baixo rendimento da equipe.

No início da partida, a impressão era de que o Papão iria se impor, mesmo sem muita técnica ou elaboração de jogadas. A correria prevalecia e o goleiro Maycon, do time pernambucano, se destacava. Pegou pelo menos três bolas difíceis, em chutes de PH e Alex Maranhão.

Mesmo sem torcida para incentivar, os bicolores procuravam pressionar e explorar os problemas do Santa, que veio com seis desfalques. Apesar do esforço, faltou mais inspiração nas ações de meio-campo e capricho nas finalizações.

Depois do intervalo, com mudanças dos dois lados, o Santa ousou mais, botou duas bolas na trave e ameaçou com jogadas rápidas pelos lados da zaga bicolor, principalmente em cima de Tony e Micael. Logo aos 9 minutos, Augusto Potiguar acertou a trave em cobrança de falta.

Vacilos na marcação, insegurança da defesa e baixíssima produção criativa deixaram no ar a impressão de que o Papão, mesmo tendo mantido a base do começo da temporada, não demonstra estar pronto para os desafios de uma competição equilibrada como a Série C.

Aos 21’, Pipico quase acertou o gol ao complementar cruzamento de Potiguar. Com um mínimo de organização e saídas em velocidade, o Santa conseguiu levar problemas ao sistema defensivo do PSC.

As dificuldades da zaga paraense já tinham sido expostas contra Paragominas e Itupiranga, principalmente, pelo Campeonato Paraense. Sem cobertura adequada dos volantes, o time fica muito vulnerável, pois Perema e Micael mostram-se lentos para antecipação e sem reação para vigiar ataques rápidos.

O final da partida foi marcado por poucas manobras ofensivas. Exauridos, os times pareciam conformados com o empate sem gols. O jogo praticamente terminou a partir dos 30’ do 2º tempo. 

Na avaliação de Hélio, o time não respondeu positivamente e caiu de produção no segundo tempo. Penso que a atuação foi insatisfatória nos dois tempos. Ajustes são necessários, principalmente no meio.

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