Presidente, técnico, atleta e administrador da Associação Esportiva Shouse, Roberto Martins acumula a experiência não só na idade, mas também na tática em fazer futsal. Aos 65 anos, ele atua na Liga Nacional de Futsal realizando um sonho que não é só dele, mas de todos os atletas do clube, que estendem o orgulho de representar o Estado diante de grandes clubes do Sul do País.

Administrando o primeiro clube a participar dessa competição nacional, passando na frente dos grandes nomes como Remo e Paysandu, Roberto precisa pensar no Shouse em todos os aspectos. Na entrevista a seguir, ele conta quando pretende pendurar as chuteiras e avalia o cenário do futsal no Estado, além de relatar qual o principal desafio do Shouse, sendo o estreante do Norte e Nordeste na competição.

O que te motivou a criar o Shouse?
Minha índole competitiva, a continuidade de minha vida de atleta e a motivação de praticar esportes ao lado dos meus filhos.


Desde quando você joga?
Como atleta federado, desde 1995, quando defendi as cores do Clube do Remo nos campeonatos sênior, veterano e máster. Ou seja, iniciei de trás para frente…

Pretende parar quando?
Como atleta federado na categoria adulto local, quando perceber que não consigo mais usar a experiência para equilibrar a força dos mais novos. No nível da Liga Nacional de Futsal, acho que este ano, pois pela falta de tempo para me preparar mais fisicamente, penso que estou atingindo o limite.

Como você avalia o cenário do futsal no estado?
O futsal no Pará se situa no topo na região Norte. Em nível nacional, penso que a falta de recursos materiais dificulta muito o crescimento do fantástico material humano existente. Existe a necessidade de intercâmbio que permita o crescimento de nossos técnicos e atletas, no sentido de todos entenderem que o esporte é primordialmente coletivo e, a partir dessa premissa, adotarem outros parâmetros de qualidade.

O que fazer para que o futsal no Estado se aperfeiçoe e apareça no cenário nacional cada vez mais, feito o Shouse nesta competição?
É necessário, imprescindível, que as empresas adotem os clubes. É desejável que o poder público, em todas as esferas, entenda que o crescimento do esporte trará inúmeros benefícios para todos pela visibilidade que trará ao Estado do Pará. Estamos nos esforçando para servir como exemplo.

Qual o maior desafio de ser estreante na Liga?
Nosso maior desafio é conseguir galgar os degraus que nos separam física e tecnicamente do Sul do Brasil.

(K. L. Carvalho/Diário do Pará)

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