Nas últimas partidas, o Clube do Remo deixou de mostrar a força de vontade e garra que vinha tendo ao longo da temporada. Além disso, com os resultados e a postura ruins, a equipe vem repetindo o mesmo discurso, que já vem chateando a torcida. Os azulinos estão se acostumando a pedir desculpas pelos vacilos que têm cometido nas partidas.

O volante Marquinhos, após a primeira derrota da equipe no Parazão, contra o Independente, por 2 a 0, anteontem, estava envergonhado. O meio campista pediu desculpas pela apresentação da equipe e diz que ainda sente muito o ‘Peixaço’, na Copa Verde. “Ainda não esqueci aquele jogo”, destaca. “Temos de pedir ajuda ao torcedor. A vitória é uma consequência do que fazemos dentro de campo. Não podemos prometer. Já prometemos demais. Temos de dar o nosso máximo para conseguir esta classificação”, afirma.

Outro jogador que também lamentou mais um revés remista, foi o lateral-esquerdo Jaquinha. O atleta é da terra e destaca que estas apresentações ruins acabam manchando muito mais os jogadores regionais. “Temos de dar a volta por cima. Não entendemos o que está acontecendo com o nosso grupo. Estamos lutando, trabalhando. Não está faltando vontade, mas o futebol é assim”, argumenta.

O zagueiro Igor João, cria da base azulina, estava decepcionado com o resultado. O defensor comenta que é importante começar a se rever algumas coisas no Baenão. “Tomamos dois gols que… Pelo amor de Deus. Precisamos começar a repensar algumas coisas que estão sendo feitas por aqui. Mas ainda temos tempo de reverter esta situação”, projeta, sobre o jogo em Belém.


Não é o momento de jogar a toalha do projeto caseiro

Há anos, o Clube do Remo atravessa uma crise financeira e tenta, por meio do futebol, se reerguer. Para isso, seria necessário que fosse feito um projeto ousado e arriscado. Desta forma, o Leão iniciou o projeto com jogadores locais, das categorias da base e evitando fazer contratações caras. Enquanto o time vinha vencendo, estava tudo bem. Porém, os últimos resultados acabaram colocando em xeque a proposta.

Apesar destes questionamentos, os azulinos ainda lutam para mostrar que têm condições de vestir a camisa azulina. O lateral-direito Léo Rosa foi um dos jogadores que mais vinham se destacando no Leão nas primeiras partidas deste ano. Entretanto, assim como o resto do time, o rendimento do camisa 2 também caiu. Apesar disso, ele acredita ainda na classificação de sua equipe. “Agora é correr atrás, o grupo está fechado. A gente acredita. Ainda não acabou. Sabemos que a torcida vai cobrar, vai xingar, mas estamos preparados para isso. A gente sabe que é difícil, mas temos de trabalhar. só assim vamos reverter o placar”, afirma.

OTIMISMO

Léo Rosa destaca que é preciso entrega do grupo. “A gente vem fazendo um bom campeonato. Não podemos jogar fora o trabalho que o professor Josué fez, com a gente da terra, com os meninos da base”, ressalta. “Vai dar tudo certo”, promete.

Esperança na volta de Nano e Eduardo Ramos

O treinador Josué Teixeira teve importantes desfalques para o jogo contra o Independente. Sem atletas importantes, principalmente no setor ofensivo, o Remo pouco levou perigo ao Galo, chegando principalmente em chutes de longa de distância. Com cerca de 10 dias de intervalo até o segundo confronto, dia 23, no Mangueirão, em Belém, o comandante azulino espera contar com o retorno de algumas peças para poder tentar a classificação para a final.

Entre os lesionados, o meia Eduardo Ramos e o atacante Nano Krieger são os mais cotados para ter condições de jogo. Flamel, Rodrigo e Renan, ainda estão na fase de recuperação e, por isso, só devem retornar caso os azulinos avancem para as finais. “A gente acredita que o Eduardo e o Nano, talvez tenham condição de jogar. O Flamel eu não sei”, afirma Josué Teixeira.
“É um tempo importante para trabalhar os jogadores, para ter uma equipe bem consistente para o dia 23”, ressalta.
O Leão retorna aos trabalhos na tarde de hoje, no Baenão. Os azulinos vão focar somente na disputa da vaga na final do Parazão.

(Café Pinheiro/Diário do Pará)

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