Em que pese todas as dificuldades enfrentadas, que começaram antes mesmo dele assumir o mandato, com a queda do time à Série C do Brasileiro, quando Ricardo Gluck Paul, 41 anos, era vice-presidente, o dirigente segue firme no comando do Paysandu e garante que não pensa em renunciar ao cargo. M

uito ao contrário, o dirigente pensa em fazer do “limão” que foi a saída do Papão do Parazão, na quarta colocação, uma “limonada”, tendo em vista a disputa da Terceirona, cujo início acontece no próximo sábado, dia 27.

No bate-papo a seguir, Gluck Paul, que é empresário do ramo educacional, fala sobre a dispensa do técnico João Brigatti, fato de grande polêmica entre os torcedores e críticas a ele na imprensa. Gluck Paul, que concedeu a entrevista utilizando uma das ferramentas sociais, das quais é usuário assíduo, falou ainda sobre a quantidade de atletas que deverão defender o clube no Brasileiro e também das novas contratações. A seguir, o bate-papo na íntegra, no qual Gluck Paul se mostra monossilábico em sua parte final, sem, no entanto, deixar de responder as indagações.

P Há tempos que o Paysandu não passa por pressão tão grande, com renúncia de presidente, seguido de rebaixamento e agora o quarto lugar no Parazão. O senhor pensa em renunciar?

R O quarto lugar no campeonato não reflete a campanha realizada. Seguimos líderes do campeonato em pontos conquistados, saindo vencedores do embate em clássicos e com apenas uma derrota em uma partida atípica. Obviamente que nos faltou competência para reverter a semifinal em casa, mas isso não é matéria para se discutir renúncia. Pelo contrário, o momento é de corrigir o que tiver de ser corrigido para entrarmos fortes na principal competição do ano, que é a Série C. Como em 2015, quando o fato de também termos ficado em quarto lugar no campeonato estadual não nos impediu de realizar uma bela campanha no Brasileirão da Série B.

P Qual o papel das redes sociais nisso tudo? Potencializa ou não reflete o que se vê no dia a dia?

R As redes sociais são a nova ordem da comunicação mundial, seu papel é fundamental para formação de conceitos e informações.

P O senhor admite que errou ao demitir o Brigatti ou sustenta que foi a decisão correta?

R Faria exatamente o mesmo. Jamais vou admitir que desvio de caráter ou medo de assumir responsabilidades prejudique o Paysandu. Na véspera do Re-Pa o técnico já havia perdido o comando do time e perdido o respeito da comissão técnica e do próprio departamento médico. Fizemos a mudança para evitar a derrota no clássico e conseguimos.


O que aconteceu depois não tem ligação alguma com a mudança de técnico. Meu erro talvez tenha sido o fato de não ter revelado em detalhes o que aconteceu no momento do desligamento e ter feito um acordo de focar apenas no desempenho (que também vinha mal).

Mesmo assim não me arrependo, pois essa história poderia trazer sérias turbulências para o clássico que se aproximava. Segurei a história comigo para o bem do clube, mesmo sendo massacrado pela opinião pública em razão disso.

P Como está o planejamento pra Série C?

R O planejamento está na fase de execução. Já anunciamos três contratações e outras ainda estão por vir. Algumas já previstas desde o primeiro semestre e outras pontuais em razão do balanço do estadual. O foco é o acesso.

P Existem alguns jogadores que estão com contratos prestes a se encerrar, são atletas que continuarão no clube ou ainda não está decidido nada?

R Estão todos em fase de avaliação.

P O atual elenco tem 29 atletas (sem contar com os recém-contratados) é mais ou menos com essa quantidade que o clube pretende trabalhar na Série C?

R Pretendemos iniciar com 32, mas tudo dependerá do andamento da competição.

P O Paysandu já anunciou três atletas, mais quantos deverão chegar?

R Nessa semana deveremos anunciar (novas contratações).

P Faltando praticamente uma semana para a estreia do time, o cronograma elaborado pela diretoria e a comissão técnica está sendo seguido dentro do esperado?

R Futebol é dinâmico, temos de nos adaptar diante dos resultados das competições.

P Como o senhor encarou as críticas vindas das arquibancadas?

R A torcida do Paysandu é exigente e a diretoria tem de entender os momentos adversos. Trata-se de um clube de massa.

P O nome do Tiago Luís tem sido muito badalado pela imprensa. O Paysandu tem mesmo interesse na volta desse atleta?

R Não comentamos especulações, todas as contratações são informadas pelos canais oficiais do clube.

P O que houve para que ocorresse uma reviravolta na vinda do Pimentinha, que a diretoria havia descartado?

R O vazamento da contratação atrapalhou as negociações. Por essa razão que temos a prática de não comentar especulações

P Com o elenco que tem, reforçados pelos jogadores que estão sendo contratados, dá, na sua opinião, para a torcida confiar no acesso?

R O foco é o acesso. Faremos todo esforço necessário neste sentido.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

 

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