Sexto colocado da primeira fase da Série C, o Paysandu volta a campo hoje à noite para encarar o São José-RS, em Porto Alegre (RS). Para manter-se no grupo de cima da classificação e invicto, o Papão terá à disposição alguns dos novos contratados, jogadores recuperados e a motivação dos últimos resultados para encarar dois grandes desafios. O primeiro é o Zequinha, que busca recuperar-se em casa para afastar-se das últimas colocações. O segundo desafio é o gramado sintético do estádio Francisco Novelletto, o Passo d’Areia, motivo de estranhamento a quem não joga regularmente por lá.

O Passo d’Areia é o único estádio em toda Série C que utiliza grama sintética. Por conta disso, a comissão técnica bicolor levou o elenco para treinar no Ceju (Centro da Juventude), complexo de campos anexos ao Mangueirão, na semana que passou, tudo para que os atletas se acostumarem mais a esse tipo de piso.

Os bicolores salientaram essa peculiaridade do estádio da capital gaúcha e as dificuldades que ela traz. Mas nada de lamentar a situação e sim de buscar se adaptar o quanto antes para não ter tantas dificuldades. “Temos que nos adaptar o mais rápido possível. A bola fica mais viva, mais rápida, por isso estamos treinando em um campo parecido. Estaremos preparados para essa característica do jogo”, disse o meia-atacante Marlon, que despistou quanto à possibilidade de o time mudar a forma de atuar por causa disso. “Não sei se vai mudar alguma forma de jogar. O treinador vai decidir isso. Eu estou à disposição para qualquer situação”.

O volante Mikael destacou o tempo treinando em um campo sintético para se aclimatar ao estádio adversário, garantindo que nada disso poderá ser utilizado como desculpa para qualquer dificuldade em Porto Alegre. “O campo é bem diferente do que estamos acostumados. Estamos treinando em um campo sintético até para saber melhor como é, mas não vai atrapalhar muito, não”.

O meia Serginho, que estreou na Terceirona apenas na rodada passada, mas em grande estilo, com dois gols, lembrou da distância da viagem como outro complicador. Para minimizar o cansaço, a delegação bicolor deixou Belém na sexta-feira de manhã bem cedo para que desse tempo, inclusive, do elenco treinar no Rio Grande do Sul. “Sabemos que os trajetos de viagem são difíceis, mas temos que superar as expectativas e continuar pontuando. A gente sempre procura acompanhar o máximo de jogos possíveis do adversário, mas agora vai ser um jogo diferente, em um campo diferente. Temos que superar isso”.


CURINGAS

A única baixa do Paysandu para logo mais, José Aldo, vem se destacando pelo bom futebol, mas também por ser um dos jogadores que mais corre em campo pelo Paysandu, ajudando muito na marcação. Parte do elenco pensado por Márcio Fernandes visa justamente isso, ter jogadores que não sintam dificuldades em desempenhar mais de uma função em campo sem ter dificuldades táticas.

Além de José Aldo, jogadores como Marlon, Marcelo Toscano, João Paulo, podem atuar em mais de uma posição. O lateral-esquerdo Patrick Brey, que pode atuar também como meia de armação, destaca que essa característica por si só não garante uma titularidade, mas que é algo que ajuda muito na disputa. “Isso favorece, mas quem escolhe é sempre o treinador. Fazer mais de uma função agrega sempre”.

Zagueiro de origem, Bruno Leonardo também atua como lateral-direito e volante. No Paysandu ele tem atuado mais no meio-de-campo que na defesa. “No futebol moderno é importante a gente poder fazer mais de uma função. Eu estou pronto para jogar nas duas posições, onde o professor preferir”, garante o bicolor. “Eu prefiro estar em campo e ajudando. Sou zagueiro de origem, mas por muito tempo joguei como volante e também já atuei na lateral-direita. Nós somos funcionários do Paysandu e temos que fazer o que for orientado”, completou Bruno Leonardo.

Os jogadores avaliam o momento bicolor como muito bom, primando pela regularidade. “Estamos somando pontos dentro e fora de casa e acho eu esse é um caminho interessante para conseguirmos a classificação”, confirmou o zagueiro. “É muito importante sempre manter a regularidade. A gente vem mantendo um bom nível desde o começo do ano, por isso é importante mantermos o foco. Temos um padrão de jogo para usar em todos os jogos”, finalizou o lateral.

JOGO FRANCO

De um lado o melhor ataque, do outro o artilheiro.

Com doze gols, o Paysandu tem o melhor ataque da Série C, o que vem sendo um dos principais trunfos da equipe na competição. O time bicolor tem seus gols pulverizados entre zagueiros, volantes, meias e atacantes. O São José-RS tem apenas sete gols marcados, mas tem o artilheiro da competição. O atacante Cristiano tem cinco gols marcados e é a principal esperança de gols do Zequinha.

O jogador passou branco na última rodada, quando os gaúchos foram derrotados pelo Ferroviário-CE, por 2 a 0, em Fortaleza (CE). Atualmente na 16ª posição, o time gaúcho está a apenas uma posição acima da zona de rebaixamento. Mesmo com a derrota no final de semana passada, o técnico Paulo Henrique Marques deve manter a mesma formação da equipe. A diretoria do clube gaúcho busca reforços para começar uma recuperação.

Entre os bicolores há a certeza que a junção do melhor ataque diante do artilheiro vai resultar em um confronto de duas equipes que buscarão o gol a todo instante. “Nosso time é bastante ofensivo e eles têm o artilheiro da competição, então não acredito que será uma partida retrancada. O Paysandu vai propor o jogo e eles estão em casa”, disse Bruno Leonardo. “Pelo Paysandu se impor sempre, dentro ou fora de casa, deve ser um jogo aberto. Eles conhecem o campo e jogam em casa, daí acho que vão querer ir para cima, também. Acho que será um jogo aberto”, completou Patrick Brey.

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