O PSC anunciou que vai voltar aos treinos no próximo dia 25, quinta-feira. O Remo volta no dia 01de julho. Com base no protocolo elaborado pela Federação Paraense de Futebol, que prevê cinco semanas de treinamentos antes do reinício dos jogos, o Campeonato Paraense deverá ser retomado entre os dias 01 e 10 de agosto.

Foi o que ficou esboçado na discussão promovida pela Rádio Clube do Pará, ontem à tarde, no programa Futebol Debate, que reuniu representantes de clubes e da FPF. A coluna trabalha com a data de 26 de julho, mas a exigência de cumprimento do protocolo deve empurrar a reabertura para agosto, caso a CBF concorde com o calendário.

Alguns dos principais embaraços para a volta do Parazão foram explicitados durante o programa, embora sem respostas imediatas para questões como a não obrigatoriedade de cumprimento do protocolo, como cobra a diretoria do PSC.

Os jogos voltarão provavelmente em agosto, mas sem público nos estádios e seguindo as recomendações constantes do protocolo da FPF, que já está em mãos das autoridades do governo do Estado.

Um ponto é pacífico: a CBF exige que os campeonatos estaduais sejam completados antes dos torneios nacionais. Portanto, o Parazão terá que recomeçar antes da Série C. Isso põe por terra a ideia de realizar jogos do Estadual simultaneamente com a competição nacional.

A preocupação em iniciar os jogos do Campeonato Brasileiro depois dos certames estaduais está diretamente vinculado à normalização da malha aérea. Como os jogos do Parazão devem ser centralizados em Belém, os clubes não enfrentarão problemas com deslocamentos por avião.

Na sexta-feira, 26, uma reunião com o governo do Estado deve sacramentar as datas de reinício dos treinos e recomeço da competição. Pelo que se observa entre os clubes, apesar de uma corrente que ainda faz força pelo fim do Parazão, o campeonato terá seu complemento em campo, como prevê o regulamento – e o contrato de patrocínio.


O encontro deve discutir a cobertura de despesas com testes de covid e custos de realização dos jogos sem torcida, embora seja improvável que nova subvenção estatal seja concedida.

Outro ponto que veio à tona no programa foi a participação de representantes do Espírito Santo na Copa Verde, o que amplia sua abrangência geográfica, que inicialmente se limitava a clubes do Norte. Com a entrada de clubes do Sudeste, a Copa Verde passa a ter características de torneio nacional. Espera-se que a nova condição traga mais recursos e premiação digna para os participantes.

No Rio, a luta contra a falta de bom senso e humanidade

Uma decisão do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, devolveu polêmica a um assunto já tremendamente sensível: a volta dos jogos do Campeonato Carioca. Com a medida, Botafogo e Fluminense terão seus jogos adiados, o que atende parcialmente suas reivindicações.

Flamengo, Vasco e os demais clubes pressionaram a Federação do Rio, que já era favorável ao retorno, permitindo que a competição fosse reiniciada na última quinta-feira, com o jogo entre Flamengo e Bangu.

Nem mesmo a vizinhança com o hospital de campanha instalado ao lado do estádio do Maracanã fez com que Flamengo e os demais clubes recuassem. A rodada foi aberta, mas o descumprimento do protocolo levou o prefeito a decidir pela suspensão do campeonato.

Inicialmente, Crivella anunciou que todos os jogos estavam suspensos. Depois, certamente acossado por Flamengo, Vasco e Ferj, voltou atrás e manteve o adiamento apenas para os jogos de Fluminense e Botafogo.

O Botafogo voltou aos treinos no sábado. O clube, ao lado do Flu, recorreu ao TJD, mas a proposta de impedir o reinício do campeonato foi rechaçada. Na argumentação dos clubes, um posicionamento incontestável: a preocupação com a segurança de atletas e demais profissionais.

Tanto Flu quanto Bota concordaram em jogar nos dias 28 e 31 de junho, mas a Ferj se manteve irredutível, bancada pelo apoio do Flamengo, cuja pressa em finalizar imediatamente o campeonato é algo que desafia a lógica e os cuidados que a pandemia impõe.

Todas as glórias aos imortais heróis do tri mundial

O timaço comandado por Pelé e regido por Gerson é eterno. Aquela seleção teve a honra de fazer com que o futebol do Brasil fosse visto e respeitado como o melhor do mundo. Quem tinha alguma dúvida teve que rever seus conceitos vendo em ação aquela que é a maior entre todas as seleções da história. Ninguém ficou indiferente à trajetória do time em campos mexicanos. Não apenas pelas vitórias, mas pela maneira como elas foram conquistadas, sempre com engenharia e arte.

Antecipei em uma semana (domingo passado, 14) o meu tributo à glória do Tri de 70. Mas não poderia deixar de registrar as comemorações de ontem, válidas e vívidas sobre a Copa mais bonita de todas.

Na Globo, ontem, uma justa homenagem a Fernando Solera, o único locutor ainda vivo do pool de emissoras de TV que transmitiu a Copa. Solera foi chefe e mentor de Galvão Bueno nos tempos de Bandeirantes.

Direto do Twitter

“Ainda teremos um tempo de trevas e insanidade. Mas passará. A pandemia também. Mais cedo do que imaginamos, gente ruim voltará para a sombra, para a mediocridade que lhes cabe. Tenhamos esperança. Otimismo? Pode ser. Acho que é a energia que vem do sol neste início de inverno”.

Antero Greco, jornalista

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