Palco de um dos maiores clássicos do futebol brasileiro, o RexPa, o gramado do Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão, é cenário de uma capacitação em jardinagem e gramado para pessoas em situação de rua que, neste período de pandemia de Covid-19, estão abrigadas no espaço. A atividade, iniciada na última quarta-feira (17), é fruto da iniciativa da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel).

Participando da capacitação, R. R, de 27 anos, conta que já trabalhou como vendedor e também é artesão, mas vê na atividade oferecida no Estádio Olímpico do Pará (EOP) uma nova porta para trabalho.

“Estou achando ótimo ter essas aulas práticas. É uma nova experiência, a gente conhece outras coisas como, por exemplo, fazer adubação no campo”, enfatizou. O jovem disse ainda que tem vontade de voltar a estudar e concluir a graduação no curso de História.


Participam, no total, 41 acolhidos divididos em duas equipes. A ação atendeu a todas as precauções necessárias com uso de equipamento de proteção individual (EPI´s), distanciamento e higiene individual.

Segundo Raimundo Nonato Mesquita, engenheiro agrônomo do EOP, a capacitação disponibiliza noções básicas para tratamento de gramados de futebol. “Mostramos técnicas como retirada de ervas daninhas (invasoras), preparação de áreas para levantamento de jardim, adubação, pulverização, entre outras, o que pode ajudar no sentido de eles terem uma iniciação nesta atividade e já no primeiro dia observei a empolgação deles”, ressaltou Mesquita.

O Governo do Pará tomou a decisão de transformar o Mangueirão, que estava fechado, em abrigo para moradores em situação de rua como medida de proteção ao avanço da propagação do novo coronavírus. Hoje o estádio recebe 230 pessoas, mas o número de abrigados já chegou 700 no Mangueirão e na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho.

(DOL, com informações da Agência Pará)

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