Foram quatro dias de competições inesquecíveis. Para jovens entre 12 e 17 anos, a edição 2017 das Paralímpiadas Escolares foi mais que um evento esportivo focado em bons resultados. Nesta sexta-feira (24), quase mil atletas se despediram da competição no Centro Paralímpico, em São Paulo.

Todas as provas aconteceram no moderno Centro Paralímpico, na zona norte da capital paulista. Em um espaço que custou R$300 milhões ao Comitê Paralímpico Brasileiro, atletas de todos os estados do país competiram em diversas modalidades, desde a última terça (22). Para cada medalha, uma história de superação diferente.

A Paralimpíada Escolar recebeu visitas ilustres ao longos três dias de provas, como a ex-ginasta e esquiadora Lais Souza, além do super campeão na natação, Daniel Dias, que compareceram ao CT para dar uma palavra e apoio e fazer a alegria dos pequenos fãs e futuros campeões do esporte brasileiro.

“É um evento de uma magnitude bastante grande, que tem desde hotelaria, alimentação para aproximadamente 2 mil pessoas. Além de estrutura esportiva. A gente vê e trata esse evento com muito carinho. O custo dele deve ficar em aproximadamente R$4 milhões de reais”, disse Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.


Para incentivar que novos jovens sejam inseridos no esporte, o CPB promete feiras em todo o Brasil para apresentar as possibilidades principalmente aos pais, que têm algum receio. As feiras vão discutir temas e levar as modalidades vistas distantes para mais perto de pessoas com necessidades especiais.

“A Paralimpíada Escolar é o evento mais importante do nosso calendário. Mais do que buscar futuros campeões, é o primeiro contato da criança e do jovem com o esporte”, reforçou Mizael.
No encerramento da programação, em um hotel, todos os atletas confraternizaram pela última vez, com direito a premiações coletivas e individuais, assim como show da banda de rock NxZero.

Participação do Pará: os paraenses chegaram em São Paulo com grande delegação, envolvendo cerca de 70 atletas, uma das maiores na competição. Alguns nomes já estabelecidos no esporte e outras novidades fizeram o estado subir diversas vezes no pódio, se mantendo entre as principais forças paralímpicas do país.

Mesmo com aumento no número da delegação, os paraenses caíram duas posições em relação ao ano passado, na classificação geral. A equipe Papa-chibé terminou a Paralimpíada Escolar na sétima colocação. Na edição do ano passado, disputada no Mato Grosso, os paraenses subiram ao pódio 56 vezes.

A melhor colocada em 2017 foi o estado sede, São Paulo, que tinha maior delegação e dominou o quadro de medalhas desde o começo. Santa Catarina e Distrito Federal completaram o quadro dos três primeiros colocados.

O Pará somou 204 pontos no total. A pontuação leva em consideração níveis de disputas, animações de torcida e cor de medalhas conquistadas. Os destaques paraenses foram judô, bocha e natação, com 34 pontos cada. O futebol de 7, por exemplo, que ficou em quinto lugar, somou 30 pontos para o estado.

Para o ano que vem, fica a promessa de mais apoio aos jovens que iniciam no esporte Paralímpico, em mais uma edição da maior disputa estudantil do gênero do mundo.

(Felipe Saraiva/DOL)

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