Tão importante quanto é para o PSC a classificação à próxima fase da Copa do Brasil, com direito a uma bonificação de R$ 575 mil, a vitória de ontem sobre o Madureira é um expressivo sinal da consistência do trabalho de Itamar Schulle logo na terceira partida oficial comandando o time.

No campinho meio careca e histórico estádio Conselheiro Galvão, do popular Tricolor Suburbano do Rio de Janeiro, o Papão fez valer a condição de favorito e soube usar com tranquilidade os recursos que o regulamento lhe permitia, principalmente a possibilidade do empate.

Só que Schulle usou isso de forma a surpreender o Madureira. Ao invés de esperar o time carioca, o PSC partiu para o ataque desde o início da partida. Denilson acertou um tiro forte logo de cara assustando o goleiro Lucão.

Insistiu nas jogadas de preenchimento do campo de defesa do Madureira adiantando a marcação e dificultando a saída do adversário. Até os 20 minutos, só deu PSC na busca pelo gol. Quase sem sofrer sustos, o time foi conduzindo o jogo à sua feição.

O único ponto fora da curva ocorreu aos 21 minutos, quando Silas desferiu chute da entrada área obrigando Victor Souza a uma grande defesa, em dois tempos, sendo que a bola ainda bateu na trave direita.

Depois de duas boas tentativas com Marlon e Nicolas, o PSC finalmente encontrou o caminho das redes aos 33’. Mais desenvolto no meio-campo, Ruy recebeu bola pela direita e cruzou com perfeição na cabeça do zagueiro Denilson, que testou sem defesa para Lucão.


A vantagem estabelecida se perpetuou no segundo tempo, embora o Madureira tivesse tentado impor uma pressão com a troca de alguns jogadores, mas o desnível técnico ficou evidente à medida que aumentavam os desafios do jogo.

Com Ruy, Ratinho e Nicolas atuando de forma mais aproximada, o PSC deteve o controle das ações, oscilando apenas quando permitia cruzamentos altos sobre sua área. Caíque, Silas e Luiz Paulo chegaram a dar trabalho nos minutos finais empreendendo uma operação “abafa”.

Aos 46’, a zaga afastou bola que entraria no canto esquerdo do gol de Victor Souza, mas as pretensões do Madureira terminaram ali. O Papão saiu de campo com o triunfo e a evidência de que o trabalho de Itamar Schulle está evoluindo de forma acelerada.

No confronto de ontem, além da segurança de Victor Souza, destaques para Diego Matos, Denilson (adiantado para a cabeça de área), Ruy e Nicolas. O meia pareceu mais ambientado aos companheiros e demonstrou qualidades na articulação e preparação de jogadas ofensivas.

Um resultado altamente positivo para tão pouco tempo de atividades.

Egoísmo delirante da CBF contribui para a pandemia

Vamos combinar: com 2.286 mortes em 24 horas não há o que discutir mais: é hora de fechar tudo que não representar atividade essencial. E o futebol, definitivamente, não é uma. O louco e desvairado deslocamento de dezenas de times pelo Brasil afora na Copa do Brasil constitui um risco desnecessário, permanente e absurdo.

Quando Walter Feldman, cartola da CBF, diz que os protocolos são seguros comete uma inverdade. Os mais de 20 contaminados no elenco do Corinthians confirmam que há furos na barreira sanitária do Paulistão.

Insistir com o negacionismo, a título de apoio à política governamental, não diminui por encanto os perigos de uma tragédia que é devastadora no mundo e impiedosa no país que menos se organizou para o combate.

Erro de arbitragem tira primeira vitória da Lusa

O jogo estava quase no fim e a Tuna se aproximava de sua primeira vitória no Parazão. Ficou na vontade. O time não jogava bem, havia perdidos chances, mas vencia com um gol de Pedrinho. Aos 50 minutos, o lance capital. Debu armou um voleio no bico da grande área e a bola bateu em Caíque, que mantinha o braço encostado ao corpo. O árbitro Gustavo Ramos interpretou como lance faltoso

Na cobrança, Pecel bateu bem e empatou, resultado que manteve o Castanhal na liderança de seu grupo, com cinco pontos.

Não foi um bom jogo. A Tuna se atrapalhava entre sufocar e se defender, melhorando com a presença dos garotos. Pedro Rangel perdeu dois gols feitos. Já o Castanhal pareceu sem alternativas e sem explorar a ofensividade natural de seus jogadores.

Maracanã e o desrespeito a um ícone da crônica

Não me perguntaram, mas não fujo a um pitaco. Essa história de troca do nome do Maracanã não desce bem. É uma afronta à memória de um ícone da imprensa esportiva brasileira. Mário Filho, que era irmão de Nelson Rodrigues, foi um dos maiores cronistas do nosso futebol e grande motor da construção do tradicional estádio. Seu nome não batizou o “maior do mundo” por acaso.

Pelé é Rei. Merece todas as homenagens possíveis, já tem várias. E se alguém quer lhe homenagear ainda invente outras, mas deixem o gigante do Maraca com o nome que tem de berço. É justo e digno.

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