Uma notícia surpreendeu a torcida do Papão na sexta-feira: os três mais importantes e experientes jogadores do elenco – Nicolas, Perema e Bruno Collaço – estão fora da Copa Verde. Eles entraram de férias e só retornam para a pré-temporada no final deste mês, antes da estreia no Campeonato Estadual. Curiosamente, os outros jogadores que disputaram a Série C permanecem em atividade.

A decisão foi anunciada pelo próprio presidente Maurício Ettinger, que revelou outra notícia desconcertante: o recém-contratado técnico Itamar Schülle não dirigirá o time na Copa Verde. Vai ficar nos bastidores elaborando o planejamento da temporada 2021 e acompanhando o processo de escolha e contratações de jogadores.

O técnico Aylton Costa, do Sub-20, permanece na direção do time que representa o PSC na Copa Verde. Por óbvio, os planos em relação ao torneio inter-regional ficam mais do que claros: não há pretensão de título. A equipe, já desfigurada depois da saída de 15 atletas, ficou ainda mais desfalcada sem Perema, Collaço e Nicolas.

egundo as explicações do presidente e do executivo Ítalo Rodrigues, a prioridade máxima é a disputa da Série C e a conquista do acesso. A diretoria entende que o melhor neste momento é preservar os melhores jogadores e recuperá-los para a competição nacional.

Quanto à minutagem, termo tão ao gosto dos novos profissionais do futebol, os três atletas sofreram de fato com o desgaste da temporada 2020. Segundo o levantamento divulgado pelo clube, Perema atuou em 38 partidas, jogando um total de 3.222 minutos. Collaço fez 36 jogos, perfazendo 2.936 minutos. Nicolas foi o mais sacrificado, presente em 41 dos 42 jogos do PSC totalizando 3.518 minutos.

Pela importância técnica para o time, é inegável que o trio foi dos mais exigidos, mesmo levando em conta que a quarentena da pandemia de covid-19 reduziu a temporada do futebol a sete meses (julho a janeiro) de atividades.

Surpreende apenas que a liberação dos atletas ocorra em momento crucial da disputa da Copa Verde. É como se, mesmo sem admitir, o PSC estivesse jogando a toalha. O time luta, neste domingo, pela classificação às semifinais do torneio. Enfrenta o Manaus, no estádio Jornalista Edgar Proença, precisando vencer para seguir em frente.


O trauma do empate absurdo no primeiro jogo, realizado quarta-feira em Brasília, junta-se ao inesperado desfalque de três peças fundamentais. Além disso, perdeu também o lateral-esquerdo Diego Matos, lesionado. Três jogadores do sub-23 (Lucas, Paulo Vítor e Renan) compensam as baixas.

Quanto a Schülle, a seu pedido ou por decisão de diretoria, foi poupado de eventual desgaste pela campanha na Copa Verde. E vai desfrutar no PSC de algo que nenhum outro técnico teve na dupla Re-Pa: vida mansa, tempo e pressão zero para montar uma equipe que só será testada a partir de março.

Bola na Torre

 

O programa deste domingo começa às 21h30 e terá comando de Valmir Rodrigues no estúdio da RBATV e participações, via home office, de Guilherme Guerreiro, Giuseppe Tommaso e deste escriba de Baião. Em pauta, a rodada da Copa Verde. Edição de Lourdes Cézar e direção de Toninho Costa.

Um filme desenhado desde o primeiro clássico

 

Já escrevi sobre o Botafogo nesta Série A. A desdita ficou óbvia na sucessão de erros do VAR ainda na gestão Autuori. Com o time mediano que foi montado, resultados tão desfavoráveis foram minando a resistência. No primeiro clássico com o Flamengo, um penal mandrake aos 52 minutos expôs o que viria nas rodadas seguintes.

O amigo Jota Ninos, jornalista santareno, sintetiza bem este momento de tristeza: “A gestão acabou com o nosso time. Caímos porque tínhamos que cair. Com honestidade. Não precisamos comprar juízes! A gente volta e talvez caia outras vezes, mas o que importa é que nossa história de glórias nunca se apagará. Te amo, Fogão!”.

Na partida que determinou a queda, na sexta-feira, contra o Sport, o Botafogo de Barroca e dos meninos promovidos da base jogou valentemente. Pressionou o tempo todo, perdeu uma carrada de gols e acabou punido com um penal ordinário, como aconteceu tantas vezes ao longo da competição. Nenhuma novidade.

Leão cabano em vantagem contra o Galo

 

O novo Leão, quase tão cabano quanto o original dos anos 90, joga em Tucuruí hoje sua permanência na Copa Verde. O time, todo entremeado de garotos, é nativo até no comando improvisado. O auxiliar João Nasser Neto segue substituindo ao técnico Paulo Bonamigo, que ainda se recupera de complicações da covid-19.

No confronto com o Independente, valendo a vaga nas semifinais, o Remo não terá o capitão Lucas Siqueira, mas ganha o retorno de Marlon à lateral-esquerda. O meio-campo terá Felipe Gedoz como organizador e a dupla Lailson-Pingo na marcação.

O ataque vai com Dioguinho, Augusto e Wallace. É justamente o extrema esquerda que simboliza o renascimento e a força desse time remoçado. Wallace, ausente dos jogos decisivos da segunda fase da Série C por contusão, reassume o papel de atacante mais incisivo e habilidoso do time.

Pode ser o grande destaque da arrancada azulina na Copa Verde. Diante do Independente, na quarta-feira, ele e Gedoz comandaram as ações ofensivas do time, criando várias situações agudas. Com Wallace, Augusto também passa a ser mais acionado. Não por acaso, esteve perto de marcar contra o Galo, mandando duas bolas na trave

 

 

 

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