Com técnico interino, 12 pontos na Série C e perto da zona de rebaixamento, o Paysandu tenta retomar ânimo por reabilitação fora de casa, contra o Treze-PB.  Faltam sete rodadas para o fim da primeira fase da Série C do Campeonato Brasileiro.

Com 12 pontos, o Paysandu está bem mais próximo da zona de rebaixamento do que do grupo dos quatro primeiros, os que se classificam para a segunda fase da competição. A missão bicolor é inglória, tendo que ganhar de cinco a seis dos jogos restantes.

Para deixar tudo mais difícil, o técnico Matheus Costa abandonou o barco e afirmou que o ambiente não era dos melhores na Curuzu por causa do atraso salarial. Os sete trabalhos do papão começam hoje, às 17h, em Campina Grande (PB), contra o Treze-PB. A partida será transmitida ao vivo em TV aberta pela RABTV.

No único jogo em que comandou o Paysandu este ano, Leandro Niehues esteve à frente da vitória do Papão por 2 a 0 sobre o Ferroviário-CE, em Fortaleza (CE), na única vitória fora de casa da equipe bicolor nessa Terceirona. Na ocasião, o Papão teve uma atuação segura e objetiva, o que não mais fez na competição diante de um adversário igualmente qualificado.

Niehues sabe que, apesar e ser o mesmo elenco, o time não é mais aquele. Se aquele Paysandu vinha num momento de recuperação e esbanjava confiança, agora a equipe está pressionada por todos os lados e com chances mínimas de classificação.

“A responsabilidade é enorme, equivalente à grandeza do Paysandu”, comentou o interino, que por estar ao lado do grupo em quase todo o ano, de fato conhece a todos e não teve problemas para escalar a onzena. “A ideia da equipe que vai jogar já estava desenhada na cabeça da comissão técnica. Os ajustes são feitos no dia após dia”, comentou.


JOGO A JOGO

O treinador interino garante que o melhor nesse momento é pensar jogo a jogo, por isso, o foco é somente no Galo da Borborema, que com uma vitória o time já se afasta da parte de baixo e se aproxima bastante do G4.

“O mais importante é a equipe estar preparada para agredir o adversário quando estiver com a bola, quando perder a posse tem que marcar com a mesma força. Tenho convicção que teremos uma equipe equilibrada”.

O goleiro bicolor foi sucinto ao afirmar o que deve ser feito daqui em diante na competição nacional. “Nosso time não está acostumado a perder. Sabemos o que temos que fazer para melhorar. Temos que vencer todos os jogos, que é sempre o nosso pensamento”, disse Paulo Ricardo.

Segredo é ter “mente fria” e jogar bem

NA CRISE

Titular de fato desde o jogo passado, o goleiro Paulo Ricardo será o jogador mais jovem do time titular do Papão, logo mais. Ao ouvir dos próprios companheiros sobre a obrigação maior desses últimos jogos, ele comenta sobre todos se conscientizarem e buscarem fazer o melhor em seu papel, o que consequentemente fortaleceria o grupo e o time.

“Todos têm responsabilidade. A equipe é praticamente a mesma do ano passado. Conhecemos o caminho da vitória e temos que corrigir nossos erros”, disse o arqueiro.

O volante PH, que foi titular na rodada anterior, reconhece que o time viveu dias de incertezas pelos acontecimentos nos bastidores, mas avalia que quem está no futebol tem que saber assimilar mudanças de comando e de rumo. Tudo para que a equipe seja menos afetada possível.

“A ansiedade bate e a pressão vem de todos os lados. Isso é normal e a experiência conta muito. Mas, só encarando o problema de frente é que a gente consegue vencer”.

FOCO

Os jogadores têm repetido esse discurso de que o elenco está além desses problemas e que tem que estar fechado em busca dos objetivos. Mas, para tanto, há de se ter uma dose de força psicológica. “Temos que ter uma mente muito forte, saber que as coisas estão difíceis, mas não acabou”, vaticina o zagueiro e capitão Micael que, por sinal, foi julgado nesta sexta-feira (23) pela expulsão diante do Botafogo-PB, punido com um jogo de suspensão (já cumprido) e está liberado para atuar logo mais.

Para o defensor, para vencer hoje, o Paysandu tem que procurar o equilíbrio para atacar com mais firmeza e se defender sem se desgastar tanto.

“Acredito que com esse equilíbrio, com a mente forte, vamos saber motivar todo mundo. O grupo tem que estar fechado e acreditar até o fim”. Jogando bem ou não, o que Micael prega é que é a hora de voltar a vencer, sem se importar como.

“A gente precisa vencer. Mas não é de qualquer jeito, por isso que eu disse, não adianta, não é desespero. É mente fria, cabeça no lugar, ter mente forte, sabendo que é essa resposta que a gente pode dar. Dar o nosso melhor, com garra total, coragem, comprometimento. Entrar com tudo, essa é a melhor forma de estar comemorando os três pontos. Com isso, vamos poder dar uma resposta não só pro torcedor, como para a direção, técnico e todos os jogadores”.

(Diário do Pará)

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