Ainda tentando se recuperar do golpe sofrido com a perda do Campeonato Paraense, no qual amargou uma série de quatro derrotas consecutivas frente ao maior rival, o Clube do Remo, que acabou levando o título, o Paysandu já tem, hoje, outra missão pra lá de espinhosa: eliminar o Manaus-AM da Copa Verde, em plena Arena da Amazônia, na cidade de Manaus, a partir das 21 horas (horário de Belém), pela semifinal do torneio. Os bicolores seguiram para a capital do Amazonas ainda abalados pelo revés sofrido no Estadual, mas levando na bagagem o desejo de dar a volta por cima para ao menos amenizar os estragos causados pelo Re-Pa.

O avanço bicolor para enfrentar o classificado do duelo entre Luverdense-MT e Atlético-ES, que fazem a outra semifinal, tem ainda o fator de motivação para o time com vistas à estreia na Série B do Campeonato Brasileiro, sábado (14), em Campinas, São Paulo, diante da Ponte Preta-SP.

O Papão tem a seu favor o fato de jogar pelo empate, visto que na partida de ida, na Curuzu, derrotou o Gavião do Norte por 2 a 1. Mas, uma vitória do time da casa por 1 a 0 dará a vaga aos amazonenses, que marcaram gol no primeiro confronto. Vitória com placar de 2 a 1, 3 a 2 e assim por diante, levará a decisão para os tiros livres da marca do pênalti.

Apesar da vantagem, o técnico Dado Cavalcanti deixou Belém prometendo não se furtar de colocar sua equipe no ataque, mas, conforme lembrou, “sem ser afoito”. O treinador dificilmente mudará a composição tática adotada nos últimos jogos da equipe, mantendo a linha de dois volantes – Nando Carandina e Willyan – e a partida ofensiva com três atacantes


– Mike, Moisés e Cassiano. A defesa, tudo indica, será a mesma do Re-Pa. Maicon Silva, que poderia reaparecer na lateral direita, não se recuperou de lesão e continuará sendo substituído por Matheus Silva.

WALTER

Outro desfalque é o atacante Walter, que negocia a sua saída do clube para defender o CSA-AL na Série B. Com o impedimento do atleta, que nem viajou com a delegação, Dado deve voltar a utilizar Moisés como titular. O treinador, como aconteceu nos últimos jogos da equipe, sobretudo os decisivos contra o próprio Remo e, antes, o Bragantino, faz mistério, e só deve divulgar a lista dos 11 atletas minutos antes da bola rolar. O segredo é uma das armas adotada pelo treinador para dificultar a montagem do adversário, embora a mesma arma tenha negado fogo nas partidas contra o principal rival, invicto, este ano, em grandes clássicos.

Papão perdeu o título, mas o adversário não! 

Embora entre em campo com desvantagem, precisando vencer para avançar na Copa Verde, o Manaus ganhou, no último domingo (8), uma senhora injeção de ânimo para encarar o Paysandu. O Gavião do Norte chegou ao inédito bicampeonato do Amazonas ao golear, sem piedade, o Fast Clube-AM, por 4 a 0. Situação oposta a do Paysandu, que deixou escapar, também no final de semana, o título estadual frente ao Remo.

Apesar da empolgação que reina entre os manauaras, o técnico Igor Cearense nem bem acabou a partida com o Fast já passou a pensar na Copa Verde. “Agora é pensar no Paysandu, que é difícil, é pedreira. Até quarta vai ser mais difícil dormir. Não tem muito que comemorar, tem que ter sempre a obrigação de ganhar. Trabalhamos sempre com o pé no chão”, comentou o treinador.

Cearense, que creditou a conquista local à “obediência tática” de sua equipe, não deve mudar em nada a formação que começou a decisão do Estadual. O meia Hamilton, jogador de quase dois metros de altura, é a única novidade em relação ao jogo de ida contra o Papão.

O apoiador, que também aparece vez ou outra fazendo papel de atacante ao lado de Rossini e Nena, não pôde vir a Belém por cumprir, na época, suspensão pelo terceiro cartão amarelo.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

 

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