O atacante Nicolas, conhecido como o “Cavani da Amazônia” por suas bem-sucedidas passagens por Goiás e Paysandu, abriu o jogo em entrevista exclusiva ao Band.com.br sobre sua experiência no Ceará, em 2023, e os motivos que o levaram a se arrepender profundamente da transferência.

Em um relato franco, Nicolas apontou a falta de organização como o principal obstáculo enfrentado durante sua passagem pelo clube cearense. “Eu me arrependo muito. Fui para um lugar extremamente desorganizado, sem convicção naquilo que queria. Queriam que todos resolvessem o problema, mas quem estava na frente de verdade não resolvia nada. “, lamentou o jogador.

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Nicolas destacou a instabilidade na direção, nas comissões técnicas e até mesmo entre a torcida, evidenciando um cenário de incertezas que afetou diretamente o desempenho da equipe. “Era muita troca e muita mudança. Muita instabilidade da direção, por parte das comissões e por parte da torcida. Nem ela sabia o que queria”, recordou.


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Apesar de reconhecer a responsabilidade dos jogadores pela campanha decepcionante, Nicolas ressaltou a falta de convicção como um dos principais motivos para a oscilação do time. “Nós não conseguimos desempenhar o trabalho. Oscilamos demais por falta de convicção”, admitiu o atacante.

“FERRARI QUE NÃO CONSEGUIA IR PRA PISTA”

O Ceará, mesmo sendo campeão da Copa do Nordeste de 2023 e apontado como um dos favoritos para o acesso, não conseguiu corresponder às expectativas e terminou a Série B em 11º lugar. Nicolas comparou o elenco a uma “Ferrari que não conseguia ir pra pista”, destacando a desconexão entre o potencial individual dos jogadores e o desempenho coletivo da equipe.

 
  

“Nós nos apontávamos como favoritos. Mas nos bastidores, em uma reunião, a gente falou ‘vamos parar de falar isso, olha o lugar da tabela, sem dúvidas não somos o melhor elenco’. Pode ser no papel, mas coletivamente não chega perto de ser melhor. Temos que brigar por outra coisa e ser realista”, revelou Nicolas.

GRANDE FASE NO RETORNO AO PAYSANDU

Diante das dificuldades enfrentadas no Ceará, Nicolas encontrou no retorno ao Paysandu uma oportunidade de se recuperar. Com 13 gols em 22 jogos, o atacante foi fundamental na conquista do título paraense e agora está na final da Copa Verde. No entanto, na Série B, o Papão ainda busca sua primeira vitória, com dois empates e duas derrotas.

“Precisava voltar. A passagem pelo Ceará me incomodou muito. Eu vinha em uma batida muito boa e cheguei em um clube desorganizado. E aí você fica duvidando de você. Precisava de um lugar em que me sentisse em casa e as coisas pudessem acontecer de maneira mais clara” concluiu.

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