No fim do jogo do último sábado, em que o Remo empatou em 1 a 1 com o Moto Club-MA, em São Luís, o técnico Léo Goiano foi comedido nas palavras, mas não escondeu seu desapontamento com o desempenho do time azulino no primeiro tempo. Classificando o futebol apresentado como “displicente” e “sem vontade”, o treinador destaca que sua equipe praticamente não criou nada no primeiro tempo, tornando a posse de bola “estéril”. Com isso, facilitou que o adversário recuperasse a bola e criasse condições para marcar. O gol no último minuto do primeiro tempo foi a gota que faltava e o treinador deu uma chamada de atenção pesada no grupo no intervalo. “Jogando assim não vamos nos classificar, se parar agora o campeonato como fica o emprego de todo mundo?”, falou o treinador.

“É o meu papel. Não podia deixar o time voltar do intervalo com a mesma cara do primeiro tempo. Você precisa ser duro, ser firme. O grupo escutou algumas coisas que não estão acostumados a escutar, mas que era uma necessidade pelo momento. O grupo entendeu, com todo respeito. Os primeiros 45 minutos ficamos sem jogar, nos últimos 45 o time mereceu os parabéns”, avaliou Leo Goiano.

O diferencial nas duas etapas, segundo o técnico, não foi tanto a questão tática ou técnica, mas o espírito e “fome de jogo”. Com mais vontade e concentração, o time voltou melhor em campo na segunda etapa. “No segundo tempo foi outra história. Controlamos as ações, buscamos o gol e fomos pra cima e nos expomos, afinal precisávamos chegar ao empate e depois à virada. O segundo tempo teve outra imagem e não podemos ser menos do que fomos no segundo tempo”, comentou o técnico.


Sobre a pressão nos últimos dois jogos, Leo afirma que a meta continua sendo buscar as duas vitórias. “Não tem outra história. É muito bom quando você depende só de você, só dos seus resultados. Quando você começa a depender de outras combinações é terrível. Meu primeiro pensamento é vencer os dois últimos jogos. Queremos continuar empregados após o dia 10”, afirmou.

Postura do time precisa melhorar

O zagueiro Leandro Silva não teve papas na língua ao avaliar o resultado diante do Moto Club-MA, especialmente lamentando a atuação do time dentro da perspectiva de brigar por classificação e acesso. “Não tiro a razão do Léo ao reclamar no intervalo. Ele tem toda razão. A maneira que nós entramos em campo não existe, é inaceitável para uma equipe que quer se classificar. Tivemos um lance de ataque, em impedimento. E foi só. Praticamente a gente não jogou no primeiro tempo”, disse Leandro.

“Não estamos satisfeitos com o empate. Viemos atrás da vitória, mas agora é levantar a cabeça e trabalhar”. Leandro afirma que o mais frustrante em campo foi a falta de envolvimento coletivo e vontade durante parte do jogo. “Fiquei muito chateado pela postura em si. Não adianta um ou outro quererem. O futebol não é golfe, não é tênis. Não é um esporte individual. Todo mundo depende de todo mundo. Se um for abaixo do seu melhor, todo mundo sofre por isso. Não perdemos, mas queríamos a vitória. Infelizmente vamos amargar esse
empate”, disse.

(Taion Almeida)

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