Era 15 de maio de 2003. Uma quinta-feira de caos no trânsito da Grande Belém, em virtude de uma greve dos rodoviários. Apesar disso, no início da noite, o Mangueirão já estava abarrotado. Seja de carro particular, transporte alternativo ou mesmo a pé, 59.930 espectadores lotaram o Estádio Olímpico do Pará para assistir ao jogo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores da América. 

Em campo, o Paysandu tentaria eliminar o tradicional Boca Juniors, após ter vencido o jogo de ida por 1 a 0, na mítica La Bombonera, grças ao histórico gol marcado por Iarley.

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No entanto, a história de Davi contra Golias não se repetiu daquela vez. O time argentino, uma das maiores forças do futebol sul-americano em todos os tempos, fez valer sua tradição, dominando o jogo em busca da reviravolta e fazendo 4 a 2 no placar. O suficiente para seguir vivo no torneio e alcançar seu quinto título, ao bater o Santos de Diego e Robinho na grande final.

Apesar da eliminação diante da torcida, pode-se dizer que o Paysandu caiu de pé. Assim como na histórica vitória em La Bombonera, a equipe comandada pelo técnico uruguaio Dario Pereira terminou o jogo com apenas nove jogadores em campo, aplaudida pela Fiel Bicolor.

SANGUE FRIO ARGENTINO

O experiente Boca Juniors, comandado pelo treinador multicampeão Carlos Bianchi, mostrou sangue frio jogando fora de casa e soube matar a partida quando teve a chance. A “remontada” começou aos 15 minutos do primeiro tempo. Após jogada pela direita do jovem Carlos Tévez, na época com apenas 19 anos, Schelotto precisou chutar duas vezes para superar o goleiro Ronaldo e fazer 1 a 0.

 












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Com tudo igual no placar agregado (1 a 1), resultado que levaria a decisão para os pênaltis, o Boca controlou o jogo até o intervalo, mas quando voltou para o segundo tempo acabou cedendo à pressão bicolor.

Empurrado por sua apaixonada torcida, o Paysandu foi com tudo ao ataque logo nos primeiros minutos da etapa final, forçando o goleiro Abbondanzieri a fazer grandes defesa, especialmente nos chutes de Lecheva e Sandro. Aos 8 minutos, porém, o arqueiro xeneize não teve chance de defesa. Vélber lançou para Lecheva na entrada da área. O meia acertou um belo chute no meio do gol de Abbondanzieri. O Mangueirão explodiu em festa. Estava tudo igual no placar.

SCHELOTTO CIRÚRGICO

Apesar do empate ser suficiente para garantir sua classificação, o Paysandu continuou indo para cima do adversário. O Boca, por seu turno, não se desesperou e contou com uma atuação cirúrgica de seu principal jogador, Guillermo Barros Schelotto, que soube explorar explorando a empolgação dos donos da casa para contruir.

 











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Aos 12 minutos, Em um rápido contra-ataque pela direita, Schelotto superou a marcação bicolor e cruzou rasante para Delgado, livre de marcação, tocar na saída de Ronaldo. Aos 23, o Boca Juniors ficou ainda mais próximo da vaga. Com a bola dominada, Tévez invadiu a área e foi derrubado por Gino. Pênalti cobrado por Schelotto, que acertou uma bomba no meio do gol para fazer 3 a 1.

Dois minutos depois, outro pênalti para o Boca. Dessa vez, o próprio Schelotto foi derrubado na área com um carrinho de Wellington, que acabou sendo expulso. O artilheiro argentino repetiu o estilo da cobrança anterior e fez 4 a 1.

APLAUSOS APÓS O APITO FINAL

Depois disso, o jogo ficou ainda mais dramático. Sandro foi expulso após cometer falta violenta num adversário. Houve ainda o gol contra de Burdisso, aos 41 minutos, mas não havia mais tempo para o Paysandu evitar a derrota. A Fiel Bicolor, como sempre, fez sua parte e aplaudiu orgulhosamente aquela equipe que marcou época e entrou para a história, na primeira e única vez do Papão na Libertadores.

VEJA OS GOLS DA PARTIDA

FICHA TÉCNICA

Paysandu 2 x 4 Boca Juniors

Data: 15.05.2003

Árbitro: Jorge Larrionda (URU)

PAYSANDU: Ronaldo; Wellington, Gino, Jorginho e Luis Fernando (Jobson); Sandro, Bruno, Welber (Balão) e Lecheva; Iarley e Vandick.

Técnico: Dario Pereira

BOCA JUNIORS: Abbondanzieri; Schiavi, Burdisso, Crosa e Jeres; Cascini, Battaglia, Cagna (Gustavo Pinto) e Tévez; Delgado (Donnet) e Guillermo Barros Schelotto.

Técnico: Carlos Bianchi.

GOLS: Schelotto 14’/1T (Boca), Lecheva 6’/2T (Paysandu), Delgado 12’/2T (Boca), Schelotto 22’/2T (Boca), Schelotto 25’/2T (Boca) e Burdisso 41’/2T (contra-Paysandu).

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