Há quatro anos o goleiro Vinícius é eleito pelos torcedores como o melhor da posição no Troféu Camisa 13. E sempre a anos-luz do segundo colocado. Nesta temporada, o time do Remo tem decepcionado em termos de desempenho, mas a regularidade do seu camisa 1 segue intocada, salvando o que poderia se tornar uma situação pior para os azulinos, ainda invictos, mas com uma campanha recheada de empates.

Sendo assim, eu esperava, sinceramente, que o arqueiro mantivesse a sua posição no resultado parcial da votação, divulgado ontem. Ver ali outro nome foi a maior novidade da lista, ainda mais porque o nome imaginado por mim quando Vinícius finalmente fosse superado ou simplesmente passasse o bastão era o de Thiago Coelho, não o de Elias Curzel, que contou com um tremendo golpe de sorte para ser alçado ao posto de titular no gol bicolor.

Thiago deixou o Remo após se destacar no ano passado durante ausência de Vinícius por contusão. Queria, com toda a razão, ser titular, jogar mais. Aos 26 anos, está no seu auge, precisa dessa minutagem. Chegou, então, ao Paysandu, com status de dono absoluto da camisa 1.


De fato, a camisa 1 é dele, mas quem joga é o camisa 12. Thiago se machucou na pré-temporada e deu espaço para a ascensão de Elias, um ano mais novo e que, mesmo sem tanta mídia em cima, aspirava ter as mesmas condições na Curuzu.

Elias não titubeou. Seguro, com bom tempo de bola e ótimos reflexos, aproveitou que o Papão começou a temporada de forma irrepreensível para se firmar com tranquilidade na meta, conquistando a confiança da comissão técnica e, mais importante ainda, da Fiel, que estava carente de um bom goleiro.

Mas se clube e torcida miraram em Thiago e acertaram em Elias, isso não é de forma alguma um problema, já que ter dois jogadores da mesma posição que dão conta do recado em um elenco é algo raro nos dias de hoje. E o ano é longo. Um revezamento pode e deve ser necessário. Melhor para o Papão.

Claro que o Parazão ainda pode reservar surpresas ao entrar em sua fase de mata-mata. O Remo pode começar a engrenar e Vinícius se sobressair, retomando a ponta na votação, afinal a distância não é tão grande assim. São apenas 186 votos a mais para Elias Curzel.

De todo modo, a jornada inesperada do bicolor já é especial, pois mostra que o futebol paraense consegue nos surpreender positivamente e nos faz até esquecer um pouco toda a lambança e desorganização da FPF, que não valoriza o campeonato como deveria. Que venham cada vez mais boas surpresas por aí e menos paralisações por irregularidades ou adiamentos de jogos por falta de condições do gramado. A torcida agradece!

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