Sem favoritismo. Às vésperas do clássico Re-Pa de número 750 da história do confronto, pelo menos por parte do elenco azulino, todos destacaram que ambas as equipes irão para o Mangueirão com chances parelhas de vitória. E de fato a afirmativa procede. As agremiações irão ao gramado com o peso de poder perder, sob pena de encerrar a temporada mais cedo. Além, é claro, o peso de ter que conquistar o título da Copa Verde para amenizar o baque que foi a eliminação da Série C.

Desse modo, a experiência é fundamental. E, do lado remista, um jogador conhece bem a síntese do clássico: o meia Eduardo Ramos, que tem conhecimento de causa, já que atuou dos dois lados. “Além da importância da competição pra nós, é um grande rival. Sabemos o sabor que tem pro nosso torcedor. O próximo sempre é o mais especial. O que fica pra trás, seja derrota ou vitória, fica na história. Espero que possamos ter um dia feliz e fazer um grande jogo para comemorar a vitória, que estamos precisando disso”, apontou.

Eduardo Ramos aproveitou para comentar sobre a responsabilidade de saber usar a camisa do Leão em jogos como esse. “A gente sabe o peso que tem a camisa do Remo, pesada e de tradição. Mas o foco maior é fazer uma boa partida. Não adianta vestir uma camisa de peso e não fazer aquilo que você faz de melhor. Como disse, espero estar em dia feliz e fazer um grande jogo, com muita humildade, para comemorar”, comentou.

Após o duro golpe que foi a eliminação da Série C, o jogador ressaltou a necessidade de buscar o caneco inédito da competição. “Ter a oportunidade de disputar uma final e coroar o ano com título é maravilhoso. A gente sabe da dificuldade. Re-Pa não tem favorito, mas eu estou confiante. Estou preparado com o meu grupo e quem sabe já começar com o pé direito”, deixou no ar o atleta.

Time ofensivo em busca da vitória


Assim como nos últimos dias, o treinamento do Clube do Remo desta tarde, no estádio Baenão, será totalmente fechado à imprensa e todo cuidado é pouco, já que os ‘espiões’ do outro lado da avenida Almirante Barroso têm aparecido com frequência às vésperas do maior clássico da Amazônia na tentativa de colher alguma informação para o jogo deste domingo (25), pela semifinal da Copa Verde. Dessa maneira, naturalmente o treinador Eudes Pedro não adiantou a escalação titular. No entanto, foi seguro ao apontar que deve preservar a sua composição, tanto tática quanto técnica, para o seu primeiro Re-Pa da carreira.

O que continua exatamente igual para o jogo deste final de semana é a mentalidade e estratégia de ataque. Eudes Pedro insistiu no modelo de jogo dinâmico-ofensivo como meta para construção de um bom placar, bem como uma apresentação interessante da sua equipe. “A gente já tem uma base. A nossa filosofia é essa, sempre falamos. Tem que ser bastante ofensivo, mas equilibrado. Sabendo atacar e defender ao mesmo tempo. Esse 4-2-4 que temos trabalhado é a base. Possa ser que mudemos uma peça, estamos estudando também, porque gosto de montar o meu time conforme o adversário”, focou o técnico.

Este domingo, aliás, na data do clássico, Eudes irá completar um mês à frente da comissão técnica remista. Sendo assim, o treinador do Leão demonstrou satisfação poder estar diante do arquirrival em uma marca expressiva na história do duelo, porém, com a meta de desbancar a soberania bicolor em 2019. “É o clássico de número 750 e fazer parte dessa história do Remo é muito bom. Vamos guerrear em campo. Sabemos que é um jogo de dois tempos e não vamos definir nada nesse. Mas estamos preparadíssimos para o clássico”, ponderou.

E mais…

Além de vizinhos de avenida, Remo e Paysandu contam com outra proximidade. Isso porque o técnico remista mora no mesmo prédio que o comandante bicolor, Hélio dos Anjos. Entre encontros no corredor, Eudes citou que possui uma boa relação com o adversário, mas que, nas quatro linhas, será suspensa durante o jogo. “Ele é um amigo e uma referência. Um dos poucos treinadores a dirigir uma seleção fora do país. Somos amigos, mas na hora do jogo cada um vai defender o seu lado”, disse o treinador, além da sua previsão do combate. “Vai ser truncado, marcação de ambos os lados, mas a ofensividade não vamos perder, não”, pontuou.

Arbitragem: cartola admite surpresa e espera pelo VAR

Ao final do dia de ontem, foi divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a equipe de arbitragem que ficará responsável pela condução do primeiro clássico Re-Pa da semifinal da Copa Verde, programada pra este domingo (25), no estádio Mangueirão. O paraense Dewson Fernando Freitas, que faz parte do quadro dos profissionais da FIFA, foi o selecionado.

A escolha não foi bem aceita pela alta cúpula remista, que se posicionou posteriormente. “Queria me manifestar pela surpresa na escalação do Dewson e de uma equipe local para dirigir o clássico de domingo. Falo isso da surpresa, não pela qualidade. Pelo contrário. O Dewson já deu provas da sua qualidade, mas ele não passa por um bom momento. Está sendo contestado pelas equipes da Série A”, observou o presidente Fábio Bentes.

Para o cartola, devido os episódios recentes de Remo e Paysandu com bronca com as arbitragens, era cabível a seleção de árbitros que estivessem em um momento melhor na temporada. “Gostaria de entender melhor a intenção. Já tentamos até contato, porque não esperávamos isso. Não sei como o nosso adversário de domingo encarou. Espero que ele volte ao seu melhor momento e faça um bom jogo”, disse.

Na tentativa de evitar qualquer problema em campo, Fábio Bentes, inclusive, detalhou sobre o pedido da utilização da arbitragem de vídeo, ou seja, o VAR, para este duelo. Segundo o presidente, ele aguarda apenas a confirmação. “Fizemos uma solicitação, em conjunto, Remo, Paysandu e Funtelpa, para que tivesse o VAR. Ainda não tivemos resposta, mas temos esperança de ser aprovado. Nós assumimos todos os custos. Concordamos em dividir os custos de R$ 45 mil por partida, R$ 22, 5 mil de cada time. Mandamos um expediente na segunda-feira (23), mas até agora não tivemos respostas”, detalhou.

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