O centroavante Jô foi contratado como aposta do Corinthians para 2017. Na verdade, a aposta pode ser creditada a alguns membros do departamento de futebol do clube, poucos torcedores e o próprio camisa 7. Artilheiro do clube no Campeonato Brasileiro, conquistado na noite desta quarta com a vitória por 3 a 1 sobre o Fluminense, no estádio de Itaquera, o desacreditado atacante nunca duvidou que pudesse produzir uma temporada como a atual.

“Quem vai se dar melhor é o brasileiro do Corinthians”, brincou o jogador, ainda em fevereiro, ao ser questionado sobre a disputa pessoal com a dupla Pratto e Borja, contratações para a posição dos rivais São Paulo e Palmeiras, respectivamente. “Meu trabalho é dentro de campo, treinar sempre mais e me preparar bem para fazer mais gols”, explicou o então pouco celebrado atleta, que, aos 18 anos, esteve no elenco campeão nacional em 2005.

Conquistas à parte, Jô tem nos números o principal alicerce para a palavra prometida antes do excelente desempenho no Brasileiro. Na temporada, marcou 25 vezes, um a mais do que a combinação de Pratto (14) e Borja (10). No torneio em que briga para ser eleito o melhor jogador, por sinal, a comparação é ainda mais favorável: 18 redes balançadas contra sete do argentino e seis do colombiano.


Nas palavras do técnico Fábio Carille, nem mesmo ele acreditava na capacidade de recuperação do jogador. “Quando eu liguei para Minas para pegar algumas referências…”, contou o treinador, respirando fundo antes de completar. “As referências não eram boas, quanto a saídas, comprometimento. Porto Alegre, então. Mas ele se mostrou um grande profissional aqui”, elogiou o agora amigo e fã do atleta.

“A desconfiança sobre mim, é natural. Mas sobre o Jô, que chegou na Seleção Brasileira, jogou no Manchester City, foi campeão da Libertadores e artilheiro no Galo, para mim foi demais para entender. Está me ajudando a conter a euforia dos mais jovens. Para mim é o melhor 9 do ano”, continuou Carille.

Ainda na briga para ser o principal artilheiro do torneio, algo inédito na história do Corinthians na competição, Jô foi responsável por tentos contra 12 dos 19 clubes da Série A, podendo estender essa marca caso consiga anotar frente ao Sport, na última rodada. Dentre eles, os três rivais estaduais do clube, marca que lhe rendeu o apelido de “Rei dos Clássicos” para a torcida.

“É claro que, no começo do campeonato, fica difícil colocar isso como meta. Deixei as coisas acontecerem. Hoje, vejo que tenho grandes chances, pelo que fiz no primeiro turno. Então, é, sim, um objetivo individual”, disse Jô a respeito da artilharia, talvez o último objetivo para a temporada que ele persiga. Pelo retrospecto recente, é difícil duvidar da capacidade do centroavante em alcançá-lo.

Fonte: Gazeta Esportiva

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