O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, foi o único dirigente de um participante da Copa fora do sorteio dos grupos desta sexta (1º), no Kremlin.
Mesmo com a Fifa enviando um pacote de luxo, com direito a passagem na classe executiva e hospedagem num dos melhores hotéis de Moscou, o brasileiro preferiu ficar no país.
Desde maio de 2015, quando o FBI começou a prender cartolas envolvidos em corrupção, Del Nero não viaja ao exterior. Ele é acusado na Justiça dos EUA de participar de um esquema de recebimento de propina com cartolas da América do Sul. José Maria Marin, seu antecessor, é julgado nos EUA por extorsão, fraude financeira e lavagem de dinheiro.
Os presidentes de federações dos outros 31 países da Copa estão hospedados no antigo Hotel Ucrânia, que fica à beira do rio Moscou e foi encomendado pelo ditador Joseph Stálin.
Até 1976, o Ucrânia era o hotel mais alto do mundo, com 198 metros de altura. Uma suíte embaixador tem diária de R$ 1.300.
Oficialmente, a Fifa não se pronunciou sobre a ausência de Del Nero.
Apesar de ter sido diplomático, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, deixou claro que a situação do cartola pode se complicar após o julgamento de Marin nos EUA. “Vamos deixar o processo seguir. A Justiça [dos EUA] tem mais mecanismos. Seja qual for a decisão, teremos processos na Fifa e não vamos hesitar em tomar medidas.”
Del Nero alega que não foi à Rússia por causa do trabalho na CBF e nega envolvimento no escândalo de corrupção.


(Folhapress)

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