O “caso Bruno Veiga” continua rendendo pano pra manga no Paysandu. Ontem, o presidente bicolor, Ricardo Gluck Paul, não economizou críticas à gestão do ex-presidente do clube, Alberto Maia, responsável pela contratação do atleta. Veiga conseguiu, em primeira instância, na Justiça do Trabalho, o pagamento de pouco mais de R$ 500 mil, valor referente ao pagamento de salários atrasados e outros direitos que ele alega não ter recebido quando do término de seu último contrato com o Papão, assinado em 2014 e encerrado em 2017.

Gluck Paul ratificou o que já havia informado o diretor jurídico bicolor, Pablo Thiago, de que o Papão vai recorrer “até a última instância” da justiça para não pagar o valor ao atleta. Gluck Paul prometeu não dar ao caso o mesmo tratamento dispensado pelo clube às demandas trabalhista vencidas pelos meias Jóbson e Arinélson, que, há tempos, ganharam, também na justiça, mais de R$ 1 milhão do clube. O caso de Arinélson, conforme ressaltou o presidente, chegou a ser julgado à revelia, ou seja, sem a devida defesa do jurídico do Paysandu.


“Essa questão do Bruno Veiga é um clássico exemplo de um contrato bizarro. Uma pretensão extremamente megalomaníaca de aquisição de um jogador medíocre”, disparou Gluck Paul. O dirigente foi bem além, soltando a língua, sem, no entanto, citar o nome de seu desafeto, o ex-presidente Maia. “Uma contratação sem que o clube tivesse condições de pagamento, numa época em que o Paysandu sonhava ou vendia ilusões”, disparou. “O Paysandu nessa época vendia a imagem de um clube que não era, fazendo propaganda de capacidade financeira sem ter condições de arcar com o contrato de aquisição de um Bruno Veiga. Um Bruno Veiga”, frisou. “Classifico esse contrato como um dos mais danosos. Muito similar aos contratos que foram feitos com o Jóbson e o Arinélson, que impuseram um castigo de longo prazo ao Paysandu, que teve de pagar parcelas”, comparou Gluck Paul.

Em seguida, Gluck Paul anunciou que o Paysandu vai às últimas consequências para tentar evitar que o clube volte a ter uma “sangria” em seus cofres. “Nós vamos recorrer. Não tem como dar como um caso encerrado. Não vamos repetir esse erro”, prometeu.

(Diário do Pará)

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