Antes da bola começar a rolar, ontem, na partida entre Paysandu e Vila Nova, cenas deprimentes foram registradas na Curuzu. Duas bombas foram atiradas do lado de fora do estádio para as arquibancadas que dão para a travessa do Chaco, local que abrigava torcedores do alvirrubro goiano. Um ambulante que trabalhava na parte interna da praça de esportes acabou sendo atingido, tendo recebido os primeiros socorros no próprio local. A situação fez com que o comando do policiamento da partida interditasse, por alguns minutos, o local, temendo que outros explosivos fossem arremessados e pudesse causar mais estragos.

Somente após uma varredura no entorno do estádio, feita por uma guarnição da Polícia Militar, foi que as arquibancadas foram liberadas para o acesso dos torcedores, que ainda assim ocupavam o espaço com certa insegurança. A diretoria do Paysandu, por precaução, resolveu remanejar os torcedores do Vila para o setor de cadeiras do estádio, com o grupo, de pouco mais de 30 torcedores, ficando isolado dos torcedores do Papão. Os visitantes tiveram o acompanhamento de soldados da PM.


Mais cedo, um torcedor bicolor morreu ao ser atingido em uma briga envolvendo torcedores, não se sabe se alguns deles ligados ao Vila. O confronto se deu no bairro de São Braz, próximo ao estádio bicolor. O clima de animosidade entre uma facção do Vila e outra, inclusive extinta, do Paysandu, vem desde o jogo de ida entre as equipes disputadas na cidade de Itumbiara, interior de Goiás. Os torcedores do Papão teriam sido agredidos por simpatizantes do clube goiano, deixando Goiás com a promessa de dar o troco no segundo jogo entre as equipes.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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