Batalha pela vaga na final A vitória remista no primeiro confronto das semifinais contra o Bragantino criou perspectivas diferentes para a definição do primeiro finalista do Campeonato Estadual, hoje à tarde, em Belém. Com a necessidade de vencer, o time interiorano terá que abandonar a cautela e partir para o ataque, o que pode tornar o jogo aberto e propício à velocidade de alas e atacantes do Remo. Pela maneira como o time se comportou em Bragança, principalmente quando reteve a bola e procurou trocar passes apesar do lamaçal, Márcio Fernandes tende a manter a formação no 4-4-2, com Jansen na lateral esquerda e um meio-de-campo que pode ter o estreante Ramires como parceiro de Djalma à frente dos zagueiros. A defesa, aliás, vive um período de estabilidade com a entrada em cena de Marcão, que conseguiu rápido entrosamento com Kevem, substituto de Mimica (lesionado) desde o clássico Re-Pa. Um dos pontos que atrapalharam o trabalho de João Neto e continua a influir sobre o rendimento é a transição entre meio e ataque. Djalma posicionado na saída trouxe mais segurança à operação de entrega da bola aos homens da frente, mas sem ele ou outro bom passador essa faixa importante do campo fica a descoberto porque goleiro e zagueiros preferem apelar para a ligação direta. Com a chegada de Edno (foto) e a evolução de Emerson Carioca, Fernandes passa a contar com a alternativa de um ataque de força, podendo abrir mão de jogadores de flutuação, como Mário Sérgio e Henrique. O departamento de criação estará novamente com Douglas Packer, cujo desempenho em Bragança foi bastante comprometido pelos obstáculos do gramado. Apesar disso, mostrou-se ágil na busca por opções de jogadas mais favoráveis ao seu estilo. Douglas – ao lado de Marcão e Emerson – é a melhor novidade quanto a reforços que o técnico remista teve desde sua chegada ao Evandro Almeida. Ele ainda insiste com Diogo Sodré de vez em quando, mas a tendência é que a meia-cancha se torne cada vez mais consistente na troca de passes e lançamentos verticalizados.
Risco de prejuízo pode forçar cuidados com gramados Com os prejuízos causados pelo remanejamento do jogo da Copa do Brasil (contra a Aparecidense) para o estádio Jornalista Edgar Proença, o Bragantino resolveu se mexer para dar ares mais dignos ao estádio Diogão. Em nota distribuída na sexta-feira, a diretoria comunica o início de um trabalho emergencial de recuperação do campo. Prometeu ainda que, depois dos jogos da Série D, a grama será toda substituída. Tudo isso poderia ter sido contornado ainda no ano passado, se a fiscalização fosse mais rigorosa com o padrão de qualidade dos gramados do futebol paraense. Por razões mais do que óbvias, o Independente deveria providenciar melhoramentos na drenagem do estádio Navegantão – antes que o descaso venha a doer no bolso.
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