Um célebre ditado diz que “a voz do povo é a voz de Deus”. Sendo assim, o Jornal Diário do Pará saiu às ruas para ouvir o que a torcida do Clube do Remo e do Paysandu pensa a respeito do elenco do ano de 2023 e quem deveria permanecer nas equipes paraenses para a temporada 2024. 

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CLUBE DO REMO

Daqui a algumas semanas o futuro do Clube do Remo será definido com a votação e posse do novo mandatário da agremiação com a eleição do responsável pelo Conselho Diretor (Codir) azulino.

Quatro figuras pleiteiam à presidência da instituição, só que, enquanto a data da votação ainda não chega, o assunto ‘formação de elenco’ já se faz presente em meio aos torcedores, visto alguns passos dados por equipes que vão disputar o Campeonato Paraense de 2024, primeira competição oficial do calendário futebolístico do ano que vem.

Nesse sentido, enquanto não há nada de oficial pelos lados do estádio Baenão e muito menos pelas bandas da Sede Social em Nazaré, ficou para a torcida a incumbência de mapear no ‘olhômetro’ quem pode render no futuro do Leão Azul com base no que foi visto nesta temporada. E, de acordo com alguns, o percentual de reaproveitamento do grupo de 2023 é curtíssimo.

Da onzena titular, por exemplo, no que depender do torcedor Antônio Maia, nem a metade vinga. “Infelizmente, o time não deu certo. Uchôa e Muriqui foram os únicos que deram jeito. Pedro Vitor, se voltar ao nível, pode ajudar, mas o resto pode ir embora”, avaliou.


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Já o azulino Bruno Costa foi mais rigoroso. “Não conquistamos nada. Tem que montar do zero. Tem que trazer jogador de time grande. Que o futuro presidente entenda isso e faça um bom trabalho”, compartilha.

De certo, ao menos quatro jogadores não vão permanecer para a próxima temporada. O goleiro Zé Carlos se despediu da agremiação pouco após o fim das atividades azulinas neste ano. O meia-armador Rodriguinho, por sua vez, já agilizou o seu futuro ao ter assinado pré-contrato com o Operário-PR, equipe que disputou a Série C neste ano e conseguiu acesso para a segunda divisão de 2024. O lateral-esquerdo Leonan e o volante Richard Franco tomaram o mesmo caminho de novos horizontes. Na última semana os atletas foram anunciados pelo Retrô-PE, da Série D.

Sem grandes nomes dentro das quatro linhas para sequência, a torcida tem pedido um outro profissional para continuar no Leão Azul, mas agora, em começo de projeto e autonomia. “Tem que seguir com o Ricardo Catalá. Foi o grande responsável pelo Remo ter tentado algo. É um bom nome”, disse o torcedor Carlos Henrique.

PAYSANDU

O Paysandu pode ter batido o recorde de contratações em sua história este ano. O clube trouxe 47 jogadores. Número suficiente para formar quatro times e ainda ter, de quebra, três reservas. Um exagero, sem dúvida. Mas, assim como contratou, o Papão, claro, também, mandou embora.

Nessas vindas e idas, o plantel bicolor encerrou sua participação na Série C do Brasileiro tendo 27 atletas em seu elenco. Destes, alguns poucos contam com o aval da torcida do Paysandu para voltar em 2024 e defender a equipe no Campeonato Paraense, Copas do Brasil e Verde e a Série B do Brasileiro.

Entre os torcedores do Papão ouvidos pela reportagem, o goleiro Matheus Nogueira e o meia Robinho foram os que tiveram o maior índice de aprovação. Curiosamente, o atacante Mário Sérgio, maior artilheiro do clube no ano, com 22 gols, não é tido como peça imprescindível no grupo.

O jogador, surpreendentemente, é mais lembrado pelos torcedores consultados pelos gols que perdeu do que pelos que fez. “Tudo bem que ele foi o nosso artilheiro, mas a classificação à Série B teria vindo de forma mais tranquila se ele não tivesse desperdiçado tantas chances de gol”, afirma o torcedor Carlos Augusto Souza, morador do bairro do Una.

A lista daqueles que receberam o rótulo de aprovação da Fiel, além de Nogueira e Robinho, conta com outros jogadores de menor destaque com a camisa do clube. Caso, por exemplo, do lateral-direito Edilson, que atuou em 32 jogos com a camisa bicolor, 22 deles na Série C do Brasileiro.

Mesmo ficando bem distante da marca alcançada por seu companheiro de ataque, Vinícius Leite, autor de 5 gols, é mais cortejado pela Fiel que Mário Sérgio. “O Vinícius pode render mais jogando enfiado na área, como o Mário, com a diferença de maior produção para o time”, compara o torcedor bicolor Carlos Mota Silva, residente no bairro do Souza.

Nem só de importados é feita a lista de consumo dos torcedores do Papão para 2024. Os meias Juninho e Gabriel Furtado, além do atacante Roger, os dois últimos crias da casa, e o 1º vindo da Tuna Luso, depois de ter sido formado na Desportiva Paraense, são lembrados pelos torcedores, mas com alguns fazendo ressalvas, como é o caso de Alan Furtado Mascarenhas. “São todos bons valores, sem dúvida, com grande potencial, mas tê-los no elenco apenas para completar o grupo, como aconteceu este ano, não vai valer de nada”, diz o torcedor do Papão.

As palavras de Alan Furtado encontram eco nas de William Nascimento Ferreira. “Este ano, esses garotos mostraram suas qualidades, mas foram subutilizados. Eles precisam jogar, pois, do contrário, os meninos serão talentos desperdiçados, como tantos que tivemos por aqui e que acabaram encerrando a carreira prematuramente ou indo jogar em outros centros”, argumenta Nascimento.

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