Belém, Pará, Brasil, Esporte. Lançamento da 25ª edição do Troféu Camisa 13. Na foto, o ex-jogador Vandick. 24/01/2017. Foto: Jader Paes/ Diário do Pará.

Desde a última segunda-feira (25) que o ex-presidente Vandick Lima, 52 anos, “bate ponto” no Paysandu, agora como superintendente de futebol. O cargo, remunerado, diga-se, foi criado pelo presidente Tony Couceiro a fim de que o ex-jogador, herói nas conquistas da Série B de 2001 e Copa dos Campeões de 2002, entre outros títulos, possa dar suporte no dia a dia da equipe, que luta contra a queda à Série C.

Situação que o ex-jogador passou em 2013, no papel de cartola, para, no ano seguinte, recolocar o Papão no lugar em que o encontrou. Antes de aceitar o convite, Vandick procurou conhecer a rotina de grandes clubes para, no futuro, dentro do possível, aproveitar alguma coisa no Paysandu. Mas, em princípio, o objetivo é livrar o time da queda, conforme admite o superintendente no bate-papo a seguir especial para o Bola.

A sua volta à Curuzu vinha sendo ventilada desde que o presidente Tony Couceiro assumiu o cargo, mas só agora, na reta final da Série B, se concretizou. Qual o motivo de tanta demora?
Ocorreram alguns contratempos. Quando o Tony me ligou, pela primeira vez, eu estava na Bahia. Quando retornei a Belém, ele estava sempre acompanhando o time nas viagens e não havia como conversar mais profundamente sobre a situação. Esse foi o motivo do atraso. Agora, a gente sentou e, após uma conversa mais longa, podemos acertar tudo e logo em seguida começando a trabalhar na função.

O que você pretende passar ao elenco do Paysandu que convive com a ameaça de rebaixamento?
Vivi aqui no Paysandu, tanto como jogador como dirigente, os dois lados da moeda. Tanto a fase ruim, logo que cheguei e que, graças a Deus, consegui dar a volta por cima, como dirigente, com aquele rebaixamento e, no ano seguinte, a volta à Série B. Então, são experiências que tive e que posso compartilhar com o grupo neste momento.


Muita gente avalia que o grupo montado pelo Paysandu não está à altura de se manter na Série B, É exagerada essa afirmação?
Acredito que o elenco tem qualidade sim para permanecer na Segunda Divisão. Vou até mais longe, pois confio que o grupo tem todas as condições de fazer uma campanha superior a que vem fazendo no campeonato. A minha expectativa é de que o Paysandu vá encerrar sua participação no campeonato em situação bem melhor do que a que vem apresentando hoje.

Ao lado do presidente Tony Couceiro, Vandick quer usar experiência para ao menos manter o Paysandu na Série B (Foto: Jorge Luiz/Paysandu)

O que é melhor, ser presidente ou funcionário remunerado do clube do coração?
Acho que não há muita diferença. Quando era presidente não ganhava nada e tentava fazer o melhor. Agora, como empregado pago pelo clube, lógico, vou procurar ter a mesma dedicação, com certeza. Agora, imagino que a cobrança será maior, mas a responsabilidade será a mesma.

Como foi o seu primeiro contato com o elenco?
Conversamos sobre a importância do Paysandu se manter na Série B e a confiança que a direção tem de que o clube se manterá no campeonato.

O que você traz de novo, além dessa dose de experiência, ao Paysandu?
Visitei alguns clubes, entre eles o Atlético-MG e o Cruzeiro-MG, são grandes clubes com realidades bem diferentes da nossa, mas que podem nos ensinar muito para o futuro. Nesses clubes, assim como no Coritiba-PR e no Atlético-PR, que eu também visitei, a base é bem valorizada, o que pretendo, no futuro, fazer aqui no Paysandu, dentro, claro, das nossas limitações. Mas isso fica para o próximo ano, já estamos no fim dessa temporada e não dá para se planejar muita coisa.

Depois de ter sido vereador em Belém, você não pretende mais voltar à política?
Isso é uma coisa que não passa mais pela minha cabeça. Pelo menos é o meu pensamento neste momento.

QUEM É VANDICK LIMA?

– Vandick já atuou em grandes clubes brasileiros na década de 1980 e 1990.
– Com a conquista da Copa dos Campeões em 2002, virou ídolo do Paysandu. Fora de campo, o ex-jogador já fez parte da história do time como presidente do Paysandu.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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