Depois de mais de uma década, Papão e Leão começam o ano em quase total igualdade de condições, ambos na mesma série do Campeonato Brasileiro, com o mesmo nível de exigências de suas torcidas e com reforços de perfis parecidos. Não que uma desigualdade em grau de importância de competições tenha beneficiado ou prejudicado em anos anteriores, mas 2019 iguala quase tudo. Pelo menos até o apito final de hoje, no primeiro clássico da temporada, no Mangueirão, às 16h.

Os bicolores tiveram uma semana cheia para treinos e descanso. Os azulinos viveram a decepção da desclassificação da Copa do Brasil ainda na primeira fase, quando já se discutia uma vultosa renda contra o Vasco da Gama-RJ na fase seguinte, sem antes combinarem de vencer o modesto Serra-ES.


É assim que os dois grandes rivais locais se enfrentam daqui a pouco. O jogo em si não vale muita coisa dentro da competição, pois ambos estão em situações confortáveis em suas chaves. O Remo principalmente. Por outro lado, o jogo vale tudo. Quem vencer voará em céu de brigadeiro nos próximos dias, até o próximo clássico, quando nem um revés diante de um clube menor apagará da lembrança do torcedor que “pelo menos vencemos o clássico”. Quem perder, vai encarar dias sombrios, como tem sido o fevereiro em Belém, sujeito a chuvas e trovoadas.

Nos dias que antecederam o Re-Pa, jogadores e membros das comissões técnicas repetiram ipsis litteris o roteiro que esses dias requerem, de que “não há favoritismo”, “na hora todos se igualam” e que “clássico é clássico e vice versa”.

De fato, a despeito do Remo ter vencido seus três jogos no Parazão e o Paysandu ter vencido dois e empatado um, nenhum dos vizinhos da Almirante Barroso encheu os olhos dos torcedores. Ainda é o início da temporada, era de se esperar esse rendimento, ou a falta dele, mas tudo deve mudar caso um saia vencedor logo mais. Para melhor para um lado, para bem pior para o outro.

(Tylon Maués/Diário do Pará)

DEIXE UMA RESPOSTA

Digite seu comentário!
Digite seu nome aqui