O DOL segue a série de entrevistas com os candidatos à presidente do Clube do Remo e nesta terça-feira, dia 24 de outubro, traz o bate-papo sobre as propostas, pensamentos e visões de Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão.

Denominada de “Remo Mais Forte”, a chapa traz como vices-presidentes Milton Campos e Glauber Gonçalves. Ao todo, foram realizadas as mesmas 10 perguntas para cada candidato, abordando vários temas, como financeiro, infraestrutura, transparência e afins.

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As eleições no Clube do Remo ocorrem no dia 12 de novembro e o vencedor irá estar à frente do Leão Azul pelo próximo triênio. Visando trazer transparência e o entendimento claro aos torcedores e todos aqueles interessados, estamos ouvindo todos os candidatos. 

 

 

Acompanhe a entrevista com Antônio Carlos Teixeira:

1- Qual é a sua visão para o futuro do Clube do Remo e como você planeja alcançá-la?

“O Clube viveu uma série de avanços nesses últimos cinco anos, especialmente na área administrativa e financeira, com a quitação de dívidas, como a trabalhista. Foram pagos funcionários, fornecedores, foi feito investimento em infraestrutura, com a reabertura do Baenão, a montagem do NASP e a compra do CT. Isso tudo foi muito importante para pavimentar o terreno para que o clube possa ter, cada vez mais, resultados esportivos e é isso que vamos buscar”.

“O foco da gestão, ao ser eleita, vai ser um investimento forte voltado ao futebol. Não apenas na montagem de time, elenco, mas principalmente na reestruturação completa do futebol. A grande inovação é que vamos ter um CEO para o futebol, um profissional do mercado que entenda da gestão completa do departamento do futebol e ele vai ser o responsável por tocar o dia a dia do futebol em conjunto com o executivo, que hierarquicamente vai estar abaixo dele, treinador, gerentes e todo o staff do futebol”.


2- Como pretende lidar com os desafios financeiros do clube?

“Como falei, o clube vive hoje uma outra realidade na área administrativa e financeira. Teremos condições de avançar e trabalhar com mais tranquilidade no futebol porque financeiramente o clube está apto para isso, diferente dos outros anos, com o fim dos bloqueios. A previsão é que o clube inicie o ano de 2024 com R$ 4 milhões em caixa”.

3- Qual é a sua estratégia para fortalecer as categorias de base do clube e desenvolver talentos locais?

“Vamos ter uma política de valorização das revelações da base e habilitar o Remo como clube formador, com certificação da CBF. Também temos o compromisso de utilizar atletas formados na nossa categoria de base no elenco principal, com no mínimo oito jogadores utilizados”.

“Um projeto nosso é a criação da Copa Clube do Remo com torneios e peneiras por todo estado do Pará e periferia da Região Metropolitana de Belém, valorizando os nossos talentos da terra. Além disso, será criado um programa de intercâmbio das equipes de base, proporcionando viagens para a participação em competições nacionais e internacionais”.

4- Quais medidas serão adotadas para aumentar a base de sócios e como fazer esse programa deslanchar?

“Temos duas frentes importantes para serem trabalhadas. Primeiro é do sócio do clube, proprietário e remido, oferecendo melhorias na sede social e com a volta de um calendário mais intenso de eventos, a gente consegue atrair eles e também o interesse para que novos torcedores se tornem sócios e que não fiquem restritos apenas à questão de votação no clube, mas também na questão de frequência, de uma programação específica voltada para o associado do clube. Outra frente é a questão do sócio torcedor, programa importantíssimo para qualquer equipe que queira ter uma previsibilidade de receita. Nós vamos aumentar as opções de experiências para o sócio torcedor, que ele possa ter não só a questão do ingresso garantido nos jogos, mas também ser premiado com experiências exclusivas, como ir no ônibus com a delegação, jantar com os jogadores, ter privilégios junto ao clube, ser beneficiário de sorteios, enfim, entre outras coisas”.

5- Qual é a sua experiência anterior em cargos de liderança em organizações esportivas ou em gestão esportiva?

“Tenho vasta experiência dentro do Clube do Remo, já fui diretor social e vice-presidente de futebol em diversas ocasiões. Venho participando ativamente das gestões do clube em momentos históricos na área do futebol, como o acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro em 1992, a sétima colocação na série A em 1993”.

“Fui presidente de uma junta governativa em 99-00, período em que conquistamos o acesso à série A, mas por uma virada de mesa, na época, não disputamos. E era vice-presidente na conquista da série C, em 2005. Então são anos vivendo esse clube, trabalhando de forma correta e conquistando glórias”.

 

 

E reforço também a experiência dos vices da nossa chapa na gestão do clube. O Glauber Gonçalves, vice de negócios, que é atual diretor comercial do clube e vem contribuindo para o crescimento da marca. E do Milton Campos, vice de estrutura, que foi diretor de futebol em 2015, ano do acesso à série C, atual presidente do Condel e foi membro de uma comissão de débitos trabalhistas, que possibilitou o fim das ações trabalhistas contra o clube”.

6- Como você pretende melhorar a infraestrutura do clube, como o Baenão, CT, NASP e instalações para torcedores?

“Sem dúvida alguma, essa foi uma das áreas que mais avançou nos últimos anos. Conseguimos adquirir o CT e iniciar as melhorias. Também reabrimos o Baenão, estruturando ele. É fato que precisamos manter a ampliação desses espaços, porque quem investe em estrutura está investindo no clube. Acredito que entre 15% e 20% de todo recurso novo que entrar no clube tem que ser direcionado para isso. É óbvio que já tem os recursos que já estão comprometidos com a despesa do clube, mas por exemplo, ao passar de fase numa Copa do Brasil, que é um recurso que, a priori, não estaria previsto, o percentual desse valor tem que ser usado para investimento em estrutura”.

 

 

“Entendo que o CT tem uma fonte de receita anual que foi criada por essa gestão que agora sai, que é a questão do naming rights. Nós já temos uma empresa que é parceira e nós pretendemos seguir renovando pelos próximos três anos. Esse dinheiro vai ser destinado integralmente para lá. Nós temos pouco mais de 600 títulos de sócio remido para venda, que também é autorizado para ser investido em estrutura, a priori no CT. Mas vamos propor para a Assembleia Geral que isso possa ser utilizado também na sede social e na sede náutica. Na sede social para a melhoria das instalações e para a refrigeração do nosso salão de festas e na sede náutica especialmente para a compra de novas embarcações. Em paralelo a isso, a gente entende que campanhas de captação de recursos podem ser feitas por meio de parcerias público-privada, que já existem e que nós pretendemos ampliar para que possamos ter êxito na melhoria desses espaços”.

  “Também vamos ampliar o Nasp no CT do clube, com aquisição de novos equipamentos para ampliar o atendimento aos atletas do futebol masculino e feminino. Vamos ampliar também os programas de acompanhamento psicológico, fisiológico, médico e nutricional, desde as categorias de base até o futebol feminino e masculino profissionais”.

7- Qual é a sua estratégia para atrair patrocinadores e parceiros comerciais para o Clube do Remo?

“Ao longo dos últimos cinco anos, conseguimos multiplicar seis vezes o valor arrecadado com esse tipo de parceria, ou seja, são 600% de aumento em apenas cinco anos. Isso mostra que é possível, sim, com entrega, com cumprimento daquilo que é combinado conseguirmos maiores resultados. Nesse caso muito específico, acho que a gente tem que continuar a política de relacionamento próximo do patrocinador, do parceiro-investidor, entregando a ele aquilo que é combinado para que possam apoiar cada vez mais. Já têm duas parcerias sendo tratadas, uma é para a área das Mercês, um investidor que construiria o espaço, pagaria todo o custo da construção e seria nosso sócio por um período para que pudesse ter o retorno daquele investimento. E um outro é a área do carrossel, que a gente está conversando com uma rede de hotelaria que possivelmente construiria ali um complexo hoteleiro e área comercial para a exploração aqui no nosso município, em especial visando já a COP-30, que terá uma demanda muito grande”.

8- Como você abordaria questões de governança e transparência no clube, garantindo que as operações sejam éticas e financeiramente responsáveis?

“O primeiro passo já foi dado. Estamos no hall entre os clubes mais transparentes do Brasil. Todas as nossas demonstrações são publicadas na Internet, no nosso site oficial. E entendo que, cada vez mais, a gente precisa se aproximar não só do associado, mas também do torcedor nesse sentido, dando a eles o conhecimento de tudo que acontece. E as boas práticas de governança que já se iniciaram dentro do clube, a gente pretende avançar para passar cada vez mais confiança em quem pretende investir no Clube do Remo e deixar sempre o nosso torcedor satisfeito em ver que boas práticas são aplicadas dentro do clube”.

9- Qual é a sua abordagem para lidar com questões de diversidade e inclusão no clube?

“Essa área de diversidade e inclusão já vem avançando nos últimos cinco anos. Entendemos que o Clube do Remo precisa cumprir o seu papel social e, primeiro, despertar na sociedade a necessidade de debater questões importantes como essas. Mais do que isso, precisamos fazer nossa parte. Nós já avançamos ao longo dos anos em diversos aspectos e agora temos uma plataforma completa para tratar questões complexas como, por exemplo, a participação feminina não só na vida política do clube, mas também na relação do clube com as suas torcedoras dentro do estádio. Então, a gente vem avançando, sim, ano após anos e hoje a gente tem no nosso programa de governo compromissos firmados para que possa resgatar essa dívida histórica que toda a sociedade tem em relação à participação feminina”.


 

10- Treinador e executivo são peças fundamentais para a temporada do futebol. Quais os nomes de sua preferência para esse cargo, visto que a eleição já será dia 12 novembro e o clube terá menos tempo de planejamento para iniciar 2024.

“Já estamos em conversas avançadas com o treinador Ricardo Catalá, que fez um bom trabalho no Campeonato Brasileiro. Tem uma sinalização de que se a chapa vencer, ele acerta seu retorno e já estamos finalizando os entendimentos do ponto de vista do projeto de trabalho com ele, para que não tenha atraso no projeto para 2024”.  

 
  

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