Parabéns pra você/ Nesta data querida/Muitas felicidades/Muitos anos de vida.” Os versos da cantiga popular mundialmente conhecida ecoarão, hoje, no Mangueirão, onde Paysandu e Castanhal se enfrentam, às 16h, pela terceira rodada do Parazão, num dia especial para o clube alviazul e, consequentemente, para sua imensa torcida. O Papão, surgido em 1914, completa 106 anos de fundação e, deverá receber, além dos parabéns da Fiel, homenagens pela data festiva, justamente quando vivencia um grande momento na competição. A equipe apresenta 100% de aproveitamento e não abre mão de presentear seu torcedor com mais uma vitória.

A presença da Fiel no estádio estadual servirá como presente para a equipe listrada, que vem fazendo por merecer a “lembrancinha”. Em suas duas primeiras apresentações no Estadual, o Papão obteve vitórias nas partidas contra o Itupiranga (3 a 1) e Bragantino (1 a 0), atingindo, portanto, o rendimento máximo. Até o início da rodada, ocorrido ontem, a equipe bicolor ocupava a liderança geral do campeonato, com seis pontos. Caso tenha perdido a posição privilegiada, o time do técnico Hélio dos Anjos tem a chance de retomar o posto frente ao Japiim, que vem a Belém disposto a aprontar.

Em contraste com a campanha do adversário, o Castanhal busca a sua reabilitação na competição. Depois de estrear derrotando o Independente (3 a 2), fora de casa, a formação aurinegra, sob o comando de Artur Oliveira, caiu na rodada passada ante o Águia de Marabá (2 a 1), o que o deixou com 50% de aproveitamento. O visitante já entra em campo tendo de superar o fato de ter perdido o mando de campo, já que o jogo, pela tabela, seria no estádio Modelão, mas a praça municipal acabou sendo vetada por não apresentar os laudos de segurança.

Com o remanejamento da partida da Cidade Modelo para Belém, o Papão acabou, de certa forma, recebendo um presente de aniversário antecipado. Caso tivessem de jogar na casa do adversário, o Paysandu teria de se deslocar até Castanhal, que exige, é verdade, tempo curto, mas ainda assim com perda de tempo. Além do deslocamento, os bicolores ainda teriam de enfrentar uma torcida adversária em maior número e, pior, um gramado em condições bem inferiores ao do Mangueirão, como já foi mostrado este ano.


Jogando no “Gigante do Bengui”, uma espécie de segunda casa do time, o Papão deverá contar com o apoio maciço de sua torcida, motivada pela campanha do time e também pelo natalício do clube, A expectativa é de que o número de torcedores seja superior a soma do público pagante dos dois jogos anteriores da equipe, que é de 12.657 pessoas.

PARA RECORDAR

– Se o raio cair no mesmo lugar, furando a mística desse fenômeno natural, o torcedor que for hoje ao Mangueirão verá uma chuva de gols, como aconteceu em 2009. Na última vez em que Paysandu e Castanhal se enfrentaram, no local, dia 19 de fevereiro daquela temporada, houve um festival de gols – 10 no total -, com o Papão vencendo por 6 a 4. Os gols bicolores foram marcados por Aldivan, Vélber, Zé Carlos (três vezes) e Alex Sandro, enquanto Everton (duas vezes), Torrô e Paulinho Pitbull assinalaram para o Japiim.

– Naquele ano, o Paysandu acabou se sagrando campeão, registrando outras duas goleadas, diante do Time Negra (4 a 1) e São Raimundo (6 a 1), está no primeiro jogo da final da competição. O Papão encerrou a disputa tendo a defesa e o ataque mais positivos entre os oito clubes participantes; 29 gols sofridos e 52 marcados, saldo de 23. A equipe listrada era comandada por Edson Gaúcho, que, curiosamente, assim como o treinador atual bicolor, Hélio dos Anjos, tinha seu filho, Edson Valandro Júnior, o Edson Júnior, como seu auxiliar.

– Zé Carlos, com nove gols, foi o principal artilheiro bicolor na competição. A ponta da tabela de goleadores, no entanto, ficou com Hélcio, do São Raimundo, autor de 12 gols. O segundo artilheiro do Papão no campeonato foi o paraense Vélber, hoje trabalhando na base de um clube na cidadede Vinhedo, em São Paulo,com 7 gols.

Japiim, um penetra bom de bico no aniversário

O Castanhal entra em campo, instruído por seu técnico, Artur Oliveira, para fazer o papel de penetra na festa de aniversário dos bicolores, como a figura do samba homônimo de Zé Roberto, sucesso na voz de Zeca Pagodinho. O Japiim vem a Belém disposta a “roubar o pedaço de bolo e o refrigerante das mãos do aniversariante”, como diz a letra do samba. A ordem entre os castanhalenses é mesmo a de fazer o dono da festa “chorar” e sair do Mangueirão, ao contrário do que diz a música, sem ser expulso e sem ralar o peito.

O triunfo representará a reabilitação do Japiim, que caiu, em sua última apresentação diante do Águia, de Marabá. O treinador Arthur Oliveira muda o miolo de zaga de sua equipe, forçado por problema de lesão e por opção tática. O zagueiro Rodrigo Reis, sentindo o joelho direito, está vetado, enquanto Alisson TK deve deixar o time para a entrada de Lucão. Outra alteração, esta ainda não confirmada, é a entrada de PC Timborana no lugar de Negueba, na lateral esquerda.

As modificações no Japiim não devem, porém, se limitar ao setor de defesa. Cogita-se a saída do meia Dioguinho para a entrada do volante Eneilson. Com essa alteração, Artur estaria pretendendo dar mais poder de marcação ao setor. Mas, com exceção de Rodrigo Reis, definitivamente descartado, as demais alterações só deverão ser anunciadas ou não pelo técnico no vestiário do Mangueirão. Na sexta-feira, Artur comandou o apronto de sua equipe, sem, no entanto, anunciar a formação aurinegra.

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