A reabertura das atividades coletivas do Paysandu, programada para esta sexta-feira (19), após a aprovação da diretoria da agremiação e comunicada pelo presidente Ricardo Gluck Paul, pode acabar não vingando. Isso porque durante live realizada na tarde de ontem (16), o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB), ponderou que “os treinamentos ainda não estão liberados”, o que gerou um desconforto com o planejamento bicolor para a volta fracionada dos treinamentos após três meses sem movimentação na Curuzu por conta da pandemia de Covid-19. Esse pequeno imbróglio deve ser resolvido a partir das 17h de hoje, entre a prefeitura e o comitê que está à frente dos protocolos de retorno das atividades econômicas e esportivas local.

Mas, de antemão, o cartola bicolor tratou de se posicionar sobre o mal-estar. “É um protocolo interno. Na nossa cabeça jamais passou que a gente precisaria de uma autorização para voltar a treinar”, disse. “Entendo a questão do prefeito, já conversei com ele e me solidarizei, inclusive, sobre a forma como anunciado, da gente não ter entendido que era o caso de uma autorização. A coisa pareceu meio abrupta, meio como se fosse a volta do futebol”, explicou, ao destacar que esse foi o sentido equivocado encarado por muitas pessoas.

Ricardo Gluck Paul acredita que tudo será resolvido logo mais em reunião entre as partes responsáveis. O presidente do Papão ainda aproveitou para esclarecer e diferenciar assuntos sobre a cartilha interna de volta dos trabalhos no clube e sobre o retorno do futebol local. “Eu tenho certeza que vai ser superado. Não é a volta do futebol, é um protocolo do Paysandu, que é independente dos clubes, porque nem todos os clubes vão poder fazer o que o Paysandu está fazendo, assim como a gente não vai conseguir fazer o protocolo que o Flamengo faz. Cada clube vai ter o seu protocolo interno. O que há de comum a todos é o protocolo de jogos, que esse sim vai representar e que vai ser seguido por todos. Então, vamos ter dois protocolos: o de jogo que está sendo construído e vai ser aprovado pelos órgãos governamentais e o interno que é nosso”, explanou.


OPINIÃO DO CRAQUE

Na expectativa de retornar o quanto antes ao ofício, o atacante Nicolas, artilheiro do Papão na temporada, com sete gols em dez jogos, se pronunciou sobre o encaminhamento de volta aos treinos presenciais da equipe, ontem. “A gente está bastante esperançoso que nossas atividades voltem o mais rápido possível, com toda a segurança do mundo”, disse. “Acredito que esteja bem próximo o nosso retorno. Espero que isso possa acabar o mais rápido possível e a gente possa voltar a trabalhar”, completou. Ele comentou o prejuízo causado pela pandemia aos clubes e em especial ao Paysandu. “Essa parada não só prejudica o ritmo de jogo falando individualmente, mas como coletivamente, falando da nossa equipe, que estava num desempenho muito bom, com números positivos”, lembrou.

O Paysandu liderava a fase classificatória do Parazão, com 19 pontos, quando a competição teve de ser suspensa temporariamente. Mas, conforme ressaltou Nicolas, não havia saída naquele momento. “Era preciso parar o mais rápido possível como todo mundo parou”, observou. O jogador contou que torce para que a paralisação não deixe tantas sequelas aos clubes, embora o prejuízo, conforme prevê, seja inevitável. “Vai afetar, mas espero que afete o menos possível”, prognosticou.

O fato de as competições pelo mundo estarem sendo retomadas sem a presença do público é lamentado pelo atacante. “A maioria dos países já retornou sem torcida e isso é muito triste por não ter a plateia, mas isso é necessário para o momento e a gente entende”, disse. Nicolas se posicionou favorável ao retorno do Estadual paraense. “Sou a favor do retorno do Parazão. Tem muita gente que ainda fala se volta ou não volta, mas sou a favor que volte a competição, mas obviamente que terá de ter uma decisão da CBF porque essa paralisação vai mexer com o calendário do Brasileiro”, comentou.

(Diário do Pará)

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