clássico Re-Pa, historicamente, sempre foi uma espécie de fiel da balança para os treinadores de Remo e Paysandu. O do próximo domingo, 1º de abril, representa mais uma oportunidade para o técnico Dado Cavalcanti melhorar o retrospecto que ostenta contra o maior rival bicolor. Este ano, na única partida em que encarou o Leão, o comandante do Papão levou a pior, caindo por 1 a 0, no segundo clássico da fase classificatória do Parazão. Foi a terceira derrota de Dado à frente da equipe em clássicos, que sob o comando dele já obteve também quatro vitórias e dois empates.

O técnico bicolor tem a seu favor o fato de ter arrumado a casa bicolor, em que pese a derrota sofrida no clássico passado. Ao comando de Dado, o Papão, mesmo a duras penas, tem avançado nas competições que vem disputando – Parazão e Copa Verde. Fator que serve de estímulo para o duelo com o Leão, que é, sempre, uma disputa à parte, polarizando as atenções dos torcedores. E para esse terceiro Re-Pa do ano, o treinador terá a formação bicolor praticamente completa, exceção do meia Pedro Carmona, que segue entregue ao Departamento de Saúde do clube e, portanto, vetado.

Para tentar inverter o tropeço sofrido no clássico passado, Dado, que tem se mostrado um bom estrategista do futebol, tudo indica, dificilmente manterá o mesmo esquema adotado frente ao Manaus-AM, pela Copa Verde, quando a equipe teve quatro atacantes – Walter, Moisés, Cassiano e Mike. Como Re-Pa é sempre um furo abaixo, é provável que ele procure fortalecer o seu meio de campo, possivelmente utilizando o volante Willyam, que se encontra na fase de transição, após ter se recuperado de lesão.

Outro aspecto que poderá sofrer alteração na composição bicolor diz respeito à presença de um homem de criação – Fábio Matos ou Danilo Pires – no meio de campo da equipe. Mas, a carta na manga do treinador diz respeito à zaga. Diego Ivo, se recuperando de um estiramento na coxa direita, deve voltar ao time. Além de garantir segurança ao setor defensivo, o jogador tem sido um diferencial na formação do Papão, não só pelo desempenho na zaga, mas também por ser um zagueiro-artilheiro, tendo sido, inclusive o autor do gol bicolor na derrota por 2 a 1 no primeiro Re-Pa do ano, no qual ele teve de deixar o campo logo depois lesionado.


A ausência do atleta no segundo Re-Pa, por conta de uma tendinite crônica no joelho, é apontada pelos torcedores como fator determinante para a derrota bicolor. Se fez falta ou não, o certo é que o zagueiro compõe a estratégia de jogo de Dado para o clássico que está se aproximando, bem como a força do ataque do time, que tem em Cassiano a sua principal referência, com 10 gols na temporada, sendo 6 na Copa Verde e 4 no Parazão.

As derrotas nos clássicos do ano só serão esquecidas se o time bicolor terminar campeão. (Foto: Fernando Torres/PSC)

DEVENDO EM RE X PA, RESPONSABILIDADE BICOLOR É GRANDE

O comandante do Papão admite que o clamor da torcida do Papão é por uma vitória no Re-Pa no domingo. Uma nova derrota, que seria a terceira seguida do time frente ao arquirrival, deixaria o Papão em situação, no mínimo, delicada. Mas, de acordo com Dado Cavalcanti, a sede de um triunfo não está restrita apenas ao simpatizante bicolor. “A gente não foge disso. Nosso time não foge e nunca fugiu da responsabilidade”, afirmou. “Tivemos momentos difíceis, passamos por dificuldades, perdemos alguns jogos e sabemos o motivo de termos perdido. Temos um grupo consciente. Nossa equipe sabe o que quer, que é o título de campeão”, comentou Dado.

Dado lembrou que serão 180 minutos nos quais o Paysandu precisa dar o melhor de si não só para apagar a nódoa deixada nos embates passados, mas principalmente para atingir o seu principal objetivo no Estadual. “São dois jogos agora para decidir o título e estamos muito conscientes de que precisamos do melhor de nossas forças para conquistarmos o campeonato”, argumentou o treinador.

O revés sofrido no primeiro Re-Pa que disputou nessa sua volta ao Paysandu deixou ensinamentos ao técnico. “Faltou criação, criamos pouco no jogo. Vinha satisfeito com o nosso poder de fogo, mas não conseguimos criação para as finalizações”, declarou ele. São detalhes como esse que Dado certamente vai exigir um melhor aperfeiçoamento de seus comandados para a partida do final de semana, a fim de reviver os seus melhores momentos em duelos contra o Leão, como os que ocorreram na Copa Verde de 2016, quando em dois jogos pela semifinal do torneio, obteve as vitórias inquestionáveis por 2 a 1 e 4 a 2.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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