1 – MONTAGEM DO ELENCO

Dos 34 jogadores contratados pelo clube, boa parte deles para a disputa da Série B, poucos foram aqueles que conseguiram, dentro de campo, dar o retorno esperado. Perema, Guilherme Santos, Fernando Gabriel, que logo foi embora, e Bergson foram alguns deles. A maioria, porém, não correspondeu, se constituindo em um autêntico tiro nos pés. Mesmo aqueles que chegaram com prestígio à Curuzu, caso do atacante Anselmo, tratado como “Novo Lobo na Alcateia” em sua apresentação, mas que em seis jogos não marcou até aqui um só gol.

2 – TROCA DE COMANDANTE

A mudança de treinador, com a saída de Marcelo Chamusca, que foi para saída de Marcelo Chamusca, que foi para o Ceará-CE, um dos classificados para a Série A de 2018, ajudou a tumultuar a participação do time na Série B. Quando o ex-treinador deixou a Curuzu, o time era o 10º colocado. Após dois jogos sob o comando do auxiliar-técnico Rogerinho, que antecedeu a efetivação de Marquinhos Santos, a equipe despencou para a 14ª colocação. O Papão seguiu em queda livre, ficando em por três rodadas seguidas na 13ª posição, até que voltasse a respirar mais aliviado no campeonato sem, no entanto, voltar a frequentar o G4, como ocorreu nas primeiras cinco rodadas.

3 – TROPEÇOS EM CASA


Se fora de casa o time conseguiu surpreender, fazendo a melhor campanha em sua participação em Brasileiros, somando 21 dos 54 pontos disputados até aqui; em casa, o Papão deixou a desejar, desperdiçando pontos diante de equipes de menor potencial técnico, caso, por exemplo, do Luverdense-MT, um dos rebaixados à Série C. Foram 27 pontos atirados pelo ralo e que, se somados aos 48 obtidos pelo time até aqui, o deixariam com 75 pontos, cinco a mais que o número sustentado pelo América-MG, líder do campeonato.

4 – MUDANÇA DE PRESIDENTE

Ainda que não entre no rol dos fatores primordiais que comprometeram a participação do time no Brasileiro, a renúncia do presidente Sérgio Serra, na primeira quinzena de julho, acabou colocando lenha na fogueira bicolor. Apesar de Tony Couceiro, que assumiu o cargo, pertencer ao mesmo grupo de Serra, Novos Rumos, o novo dirigente, como em qualquer mudança, se viu obrigado a implantar a sua filosofia de trabalho, passando a atuar mais efetivamente no futebol, o que não acontecia na época em que ele era apenas o segundo mandatário do clube.

5 – AUSÊNCIA DO TORCEDOR

A Fiel, historicamente, sempre foi uma aliada de primeira ordem do time bicolor. Daí o apelido. Mas, este ano diante do fraco desempenho da equipe em jogos em Belém, o torcedor ligou o ‘desconfiômetro’, deixando de comparecer em massa aos estádios – Curuzu e Mangueirão -, já que o time, com tantas bisonhas apresentações em casa não consegui transmitir a menor confiança. Com isso, o Papão acabou perdendo uma força extra, a das arquibancadas, para tentar superar os adversários. O que ainda motivava o torcedor a comparecer aos jogos do time eram os surpreendentes resultados obtidos pela equipe na condição de visitante. E só.

6 – FALTA DE UM MAESTRO

O Paysandu se ressentiu ao longo de quase todo o Brasileiro de um homem verdadeiramente de criação, capaz de pensar e articular com eficiência o jogo do time. O armador que fizesse jus ao título, como Tiago Luís em 2016. A aposta em Diogo Oliveira, vindo do Brasil-RS, não tardou a se mostrar infrutífera, com o meia não conseguindo se adaptar ao futebol local e com isso não conseguindo jogar os 90 minutos das partidas que disputou. Só agora, na reta final do campeonato, foi que Fábio Matos começou a aparecer, mas aí a vaca já havia, há muito tempo, ido para o brejo.

7 – BERGSON DEPENDÊNCIA

A diretoria bicolor não poupou dinheiro para investir na vinda de atacantes para a Curuzu. Desde o paraense Tiago Mandi até o badalado Anselmo, terceiro maior goleador da temporada anterior, muitos foram os atletas testados como a solução para o jejum de gols do time. Mas, desde o início da temporada, o Papão sempre dependeu do atacante Bergson para fazer os gols. Prova disso é que o gaúcho, após ser o principal goleador do Parazão, agora briga pela artilharia isolada da Série B. Mas, como quem tem um não tem nenhum, a ausência do atacante, por lesão ou suspensão, foi motivo de preocupação para a Fiel ao longo da Série B.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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