O PSC perdeu (de novo) em casa e saiu da liderança do grupo A da Série C. O desafio de se tornar finalmente um bom mandante não foi alcançado. O time caiu por 2 a 0 diante do esforçado Ferroviário (CE), placar construído ainda no primeiro tempo. O começo da partida foi equilibrado, lá e cá, mas um gol bizarro de Denilson contra desmontou a segurança defensiva do Papão. Logo depois, Gabriel Silva fez o segundo e as coisas ficaram nas mãos dos cearenses.

Nos primeiros minutos, o PSC mostrou disposição, tentou botar pressão e até mandou uma bola na trave, em chute forte de Paulinho, aos 16 minutos. Como tem ocorrido muito, o ímpeto inicial foi arrefecendo e espaços foram concedidos ao visitante.

Aí, de repente, a situação desandou. Em cobrança de escanteio para o Ferroviário, aos 21’, o zagueiro Denilson tentou cortar de cabeça, errou a direção e mandou a bola para dentro do gol. Detalhe: a bola se encaminhava para fácil defesa do goleiro Victor Souza.

Começaram a aparecer os contragolpes perigosos da equipe comandada por Francisco Diá. Em toques rápidos, a bola saía da defesa e chegava ao campo de ataque, atormentando a marcação alviceleste, principalmente em cima do lateral Israel.

Foi pela esquerda do ataque cearense que começou a ser construído o lance do segundo. Aos 32’, Emerson chegou à linha de fundo, deu um drible desconcertante em Israel e passou a bola para Gabriel Silva marcar, com um chute rasteiro no centro do gol.

O PSC entrou, então, na rota do desespero. Sem um criador no meio-campo, errava passes simples e precipitava as manobras ofensivas, apesar de ter um domínio ilusório de posse de bola. Paulinho insistia nos arremates de fora da área, sem êxito.

Bem posicionado atrás, o Ferrão se resguardava e saía em transição ágil. Quase ampliou com Adilson Bahia e Augusto, explorando a afobação dos jogadores do PSC. Para tentar uma reação, o técnico Vinícius Eutrópio tirou Israel e lançou Marcelo e trocou Jhonnatan por Rui.


Como já é tradição, o meia não acrescentou nada à equipe e errou todas as tentativas de finalização e cruzamento. Mas o reinício do confronto mostrou o time paraense mais a fim de jogo. Paulinho disparou chute com perigo logo aos 6 minutos.

Só que o Ferroviário atacava sempre com mais organização e perigo. Aos 13’, Adilson Bahia perdeu a chance mais incrível da partida. Livre, de frente para o gol vazio, mandou por cima.

Começaram então as mudanças por atacado no PSC. Eutrópio tirou Paulinho e Luan, lançando Bruno Paulista e Laércio. Esperava-se mais ofensividade, mas o PSC ficou até mais atrapalhado, pois não estabelecia conexão entre meio e ataque.

No fim, Bruno Paulo estreou com boa movimentação, mas o time estava desarrumado demais para pelo menos diminuir o prejuízo. Um jogo ruim, de pouca intensidade e de falhas exploradas com precisão cirúrgica pelo Ferroviário. Menos mal que o Papão segue no G4, em 2º lugar.

Festa de Messi, gesto grande de Neymar

A festa em Buenos Aires deu bem a medida do incômodo que os 28 anos sem taça causava na apaixonada massa torcedora argentina. Foi o fim do jejum do líder e capitão Messi, melhor do mundo que nunca havia conquistado uma taça importante com a camisa do país.

Ainda no Maracanã, Messi foi carregado em triunfo pelos companheiros, cientes da angústia que cercava o craque. Neymar também foi lá dar seus cumprimentos e abraços ao amigo, gesto mal interpretado pelos que não acompanham a vida futeboleira.

Neymar e Messi são amigos, jogaram muito tempos juntos e é absolutamente compreensível o gesto de grande desportividade após a decisão da Copa América.

Em postagem na internet, depois de tantas opiniões infelizes e descartáveis nos últimos tempos, o camisa 10 do Brasil foi certeiro, elogiando o “melhor que eu vi jogar”. Grandeza na derrota é virtude rara. Neymar, que jogou muito e merecia melhor sorte, acertou em cheio.

Vibrante, Itália levanta o caneco dentro de Wembley

Foi um jogo meio morno, ao contrário de grande parte dos duelos da Eurocopa. Itália e Inglaterra pareciam travados, embora os ingleses tenham tido um melhor começo de jornada, abrindo o placar logo no primeiro ataque, aos 2 minutos. Um cruzamento perfeito de Trippier para uma finalização inspirada do lateral esquerdo Shaw.

Ocorre que a Itália não é time de arreglar. Começou a reagir ainda no primeiro tempo, com raça e velocidade nas saídas para o ataque. Chiesa, Insigne e Jorginho eram os mais acionados, mas esbarravam na sólida marcação inglesa.

Foi de Chiesa a melhor chegada italiana, aos 34 minutos, batendo rasteiro à esquerda do gol. A Itália estava em desvantagem no placar, mas o jogo não mostrava recuo, insegurança ou desmotivação da Azzurra.

O segundo tempo mostrou mais domínio italiano, que chegou a ter mais de 70% de posse de bola. Finalmente, aos 20’, veio o empate após escanteio cobrado pelo brasileiro Emerson. Um rebote na área permitiu ao zagueiro Bonucci chegar batendo para as redes.

Na prorrogação, o equilíbrio prevaleceu. Nos penais, a jovem geração britânica vacilou e perdeu três cobranças – Sancho, Rashford e Saka. Brilhou a estrela do jovem goleiro Donnarumma.

A esquadra liderada por Roberto Mancini pode não ser tecnicamente brilhante, mas tem um conjunto harmonioso e mereceu a conquista contra uma Inglaterra que não mostrou na final a mesma força de outros confrontos na competição.

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