Devido à suspensão do Campeonato Paraense pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na última sexta-feira (20), a estreia do Clube do Remo neste final de semana acabou sendo adiada, até o fechamento desta edição sem uma nova data para o seu compromisso frente ao Independente de Tucuruí, partida válida pela primeira rodada da competição local. O adiamento, contudo, não altera em nada o foco e o compromisso estabelecidos pelo Leão Azul para a sua temporada 2023. O atacante Muriqui, por sinal, não esconde o desejo de poder assumir o papel de protagonismo no setor ofensivo azulino.

Com três gols marcados em dois jogos-treinos (sem contar o jogo de sábado, contra o Bragantino), o jogador, que transita com qualidade pelo ataque ao revezar posicionamento nas beiradas, referência e até como um armador, Muriqui deixa claro que veio ao Mais Querido para assumir com qualidade a camisa do time. “Quando aceitei o desafio de fechar com o Clube do Remo, me dispus a ser protagonista, a ser o cara que pudesse sempre nos momentos difíceis aparecer. Tenho 36 anos, não sou mais nenhum garoto. Sei que minha carreira está muito mais pro final do que pro início, mas isso serve de combustível”, disse o profissional com rodagem internacional, ao frisar: “Há três ou quatro meses estava em uma Série A, jogando, não apenas no elenco. Fui titular na maioria dos jogos, mais de 70%. Quando vim ao Remo, duas divisões abaixo, me coloquei à disposição para colocar o time na Série B, pelo projeto ambicioso. Me sinto motivado em fazer gols, dar assistência, ser protagonista”, crava o jogador.

Homem-gol


A posição de Muriqui na onzena titular azulina será definida exclusivamente pelo treinador Marcelo Cabo, mas a tendência é que o atacante seja o camisa 9 do time nesta temporada. A função, contudo, não tem dado alegria ao torcedor nas últimas temporadas. Ciente da pressão até mesmo em amistoso, o atleta faz uma previsão quanto a sua projeção de gols.

“Depende muito da função que eu vou fazer. No amistoso passado fui recuando para fazer a função de 10. Projetar um número de gols é difícil porque não sei a função que vou exercer. Mas eu jogando de 9 ou de 10 vou dar tudo de mim. Vou estar sempre pisando na área tentando fazer gol até porque fui contratado pra isso. Não vou fazer projeção de gols, mas pode ter certeza que vou fazer bastante”, planeja.

Até por isso, na expectativa criada de um goleador raiz com base nos números da sua carreira, Muriqui pondera que pretende ser muito mais que um jogador pragmático. “Não sou um número 9 fixo, de origem, mas ao longo da carreira me adaptei a essa função. Consigo jogar de uma outra forma, um 9 mais móvel, um 9 que faz tabela, que faz função de 10, sair pra armar o jogo. Sei que existe uma carência muito grande do torcedor do jogador que fica ali na frente. Hoje em dia praticamente esse jogador não existe mais. Se você pegar os jogadores de Série A e B, mundial também, poucos times têm esse jogador. Sei que o clube necessita desse jogador. Estou disposto a tentar me adaptar a essa característica, mesmo não sendo a minha principal. Gosto de sair da área, de infiltrar. Mas eu posso me tornar um cara que vai fazer gol e o torcedor ficar feliz”, completa Muriqui.

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