Após um jogo marcado por reviravoltas e tensões, o Clube do Remo saiu de campo derrotado por 2 a 0 pelo Paysandu, no primeiro embate da final do Parazão 2024. Após a partida, que marcou sua primeira derrota de Gustavo Morínigo desde que assumiu o comando da equipe azulina, o treinador paraguaio destacou que a arbitragem foi um dos pontos de preocupação, sugerindo que houve decisões questionáveis que afetaram o resultado do jogo.
Além disso, Morínigo lamentou o desempenho abaixo do esperado de sua equipe durante o primeiro tempo do clássico. No entanto, ele fez questão de defender o lateral-esquerdo Nathan, que falhou em várias jogadas e ainda foi expulso no segundo tempo do Re-Pa.
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“Não gosto de falar de arbitragem, pois termina sempre sendo uma desculpa. Me falaram que alguma coisa do que poderia ocorrer e fico um pouco triste por acontecer. Fiquei olhando os vídeos da nossa equipe de análise e tinha que ser um jogador (do Paysandu) expulso por uma cotovelada no Ícaro, em frente à arbitragem e com o VAR. Achei que não foi a mesma medida entre Remo e Paysandu. Foi diferente, foi diferente. Achei que faltas seguidas do número 8 (João Vieira), que já tinha cartão e poderia tomar outro, mas o professor (Hélio dos Anjos) foi esperto em tirá-lo e identificou essa situação”, comentou o técnico.
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PARTE MENTAL E COMPREENSÃO COM NATHAN
Morínigo também destacou a necessidade de trabalhar aspectos mentais e de recuperação da equipe após o revés. Ele abordou os erros cometidos pelo time, incluindo uma falha individual de Nathan, e pediu compreensão da torcida.
“Vamos trabalhar na parte mental e de recuperação, além de corrigir algumas questões técnicas”, afirmou Morínigo. “Erramos o que nós prevíamos, tivemos um jogo corrido com o Ribamar, ele não treinou com a gente por conta de problemas musculares. Fomos superados, vamos ser honestos, principalmente no primeiro tempo e cometemos erros involuntários e pagamos caro e é difícil remontar esse tipo de situação. Sei que a torcida quer sempre ganhar e o Nathan é um grande jogador que temos e não podemos condenar. Ele sabe que errou, é consciente, é profissional e temos que corrigir isso”, ponderou.
EXPULSÕES E RECOMPOSIÇÃO DA EQUIPE
Morínigo também abordou os desafios enfrentados após a expulsão de Nathan. O treinador destacou a dificuldade de recompor a parte defensiva, optando por não utilizar Kelvin na posição devido à sua falta de adaptação e preferência pessoal. Apesar dos esforços da equipe com um jogador a menos, o treinador lamentou a falta de gols no primeiro jogo da decisão e a consequente derrota.
“Com a expulsão tive que colocar o Raimar. Não podia colocar o Kelvin, pois ele não é da posição e já experimentou e não gostou de fazer isso. Mesmo com um jogador a menos procuramos o ataque, chegamos à frente, mas não fizemos (os gols) e no final levamos um gol novamente”, lamentou.
POUCO TEMPO DE RECUPERAÇÃO
Diante da necessidade de uma vitória por pelo menos dois gols de diferença no próximo jogo para forçar a disputa de pênaltis, Morínigo demonstrou confiança na força mental dos jogadores do Remo. Ele enfatizou a importância da Copa Verde e ressaltou a necessidade de recuperação física do elenco para o clássico regional que se avizinha.
“É pouco tempo para o próximo jogo, é praticamente um dia a menos de trabalho. É uma decisão na Copa Verde, sabemos que é um clássico, temos que ser inteligentes e o jogo de hoje não pode alterar o nosso pensamento de trabalho e na confiança do nosso time. É uma equipe que está aprendendo a ser forte e temos que olhar o quanto somos fortes”, argumentou o técnico paraguaio.
MANTER A MENTALIDADE POSITIVA
Gustavo Morínigo encerrou suas declarações reforçando a importância de manter a mentalidade positiva e o foco no desempenho futuro da equipe. Ele ressaltou que, apesar da derrota, o jogo contra o Paysandu foi apenas o primeiro tempo de uma série de desafios que virão pela frente, e que é fundamental manter a determinação e a confiança para os próximos embates.
“Esse é o momento de olhar, em uma derrota. Esse foi apenas o primeiro tempo, todos os jogos serão difíceis e não podemos alterar nosso pensamento, do que temos e o que podemos fazer nos próximos jogos”, enfatizou.