No Ver-o-Peso, tradicional reduto de encarnações, o Lobo foi até lá se gabar do seu mais novo troféu (Foto: Jorge Luiz/Paysandu)

Belém amanheceu pintada de azul e branco. A comemoração dos torcedores do Paysandu pelo bicampeonato estadual, que começou no Mangueirão, pouco antes do fim do Re-Pa, se estendeu por todo o dia de ontem, tendo como ponto principal o tradicional mercado do Ver-o-Peso. Mas, em outros pontos da cidade, os torcedores do Lobo também continuaram festejando o segundo título seguido do Parazão. Onde quer que fosse, era fácil encontrar torcedores exibindo, com orgulho, a camisa do time campeão.

O tradicional enterro do adversário foi bastante praticado nos diversos bairros de Belém. No Tapanã, por exemplo, o velório ganhou ares de realidade, com o caixão do Leão sendo exposto à visitação em um local próximo ao cemitério do bairro. Quem imagina que o torcedor já não liga para a disputa estadual está redondamente enganado, como lembrou o torcedor Carlos Augusto Martins, 39 anos, que velou o corpo do Leão, no Tapanã.

 “É mais um título e a gente não pode deixar passar em branco. Temos de comemorar mesmo”, disse. “Se fosse do outro lado com certeza eles estariam fazendo a mesma coisa”, prosseguiu. O nome de Bérgson, autor dos dois gols da vitória sobre o maior rival, foi, por questão óbvia, o mais lembrado pelo torcedor. Até mesmo que não colocava muita fé no atacante se curvou diante do fato de o jogador ter encerrado sua participação no Estadual em alto estilo.


“Realmente não estava muito confiante no futebol dele”, admitiu o torcedor Mauro Antunes Lima, 28 anos. “Mas só por ter marcado dois gols contra os caras (remistas), ele foi mesmo o nosso grande herói”, declarou. Para outro torcedor do Papão, Luis Miranda, de 47 anos, o artilheiro precisa ficar para a disputa da Série B do Brasileiro, na qual o time estreia no dia 13, contra o Oeste-SP, na Curuzu. “Claro que a gente precisa reforçar o time, mas o Bérgson não pode sair”, sentenciou.

Avançar na Copa do Brasil é o novo desafio

A ordem na Curuzu, agora, é esquecer o título do Parazão, já comemorado à exaustão, e pensar na Copa do Brasil. O Papão tem uma missão bastante difícil e que, para alguns, chega a ser impossível: eliminar o Santos-SP no torneio. No jogo de ida, os bicolores, mesmo jogando uma grande partida, caíram frente ao Peixe, por 2 a 0, e, agora, vão precisar vencer, amanhã, o adversário, no Mangueirão, às 21h45, no Mangueirão, com diferença de três gols.

O Papão quer aproveitar o embalo da conquista do título estadual para passar às quartas de final do torneio nacional. Assim como na final do Estadual, o time espera contar com o apoio da Fiel nas arquibancadas. A venda de ingressos para a partida começou ontem, com os bilhetes custando R$ 30 (arquibancada) e R$ 50 (cadeira). Apesar do horário “indigesto”, a diretoria espera um grande público.

Para os jogadores, a presença do torcedor será de vital importância, conforme afirmou o volante Augusto Recife. “Esperamos que, mais uma vez, o torcedor comparece, confie em nosso time e ajude o Paysandu”, afirmou. A direção bicolor está disponibilizando um total de 18.100 bilhetes ao público, além de 1.900 gratuidades e mais 5 mil ao sócio torcedor, num total de 25 mil entradas.

(Nildo Lima/Diário do Pará)

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