A Polícia Civil do Rio de Janeiro concluiu o inquérito envolvendo três jogadores do Botafogo de Ribeirão Preto-SP. Eles foram indiciados por violência sexual contra a modelo Alcimara Ventura, ocorrida logo após a vitória do Pantera Paulista contra o Volta Redonda-RJ, no estádio Raulino de Oliveira, interior do estado pelo quadrangular de acesso da Série C para a Série B na temporada de 2023, há cerca de duas semanas, na capital fluminense após o retorno da delegação ao hotel em que a equipe estava hospedada.

O argentino Alexis Lucas Delgado, que chegou a ter relação com a vítima, foi indiciado por dissimulação (posse sexual mediante fraude). Logo após às acusações, ele voltou para o seu país e não prestou depoimento. Ele teve o contrato rescindido pelo Botafogo Ribeirão. Já o paraense João Diogo Jennings responderá por injúria e importunação sexual. Eduardo Hatamoto, por sua vez, foi indiciado por estupro. O clube avisou que ainda não ficou sabendo da conclusão do inquérito.

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ENTENDA O CASO

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima conheceu o jogador Alexis Lucas Delgado em uma boate na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. O casal teria combinado de ir para um hotel, no Santo Cristo. Ela teria pedido ao atleta para usar camisinha, mas ele não usou. Depois disso, Dudu e João Diogo entraram no quarto e teriam forçado relação sexual, o que foi recusado pela mulher. Eles a teriam xingado e Dudu a agrediu com uma mordida no seio. Posteriormente à denúncia, ela acusa ter recebido ameaças por mensagens nas redes sociais.

As imagens das câmeras do hotel mostram Dudu e João Diogo entrando no quarto de Lucas Delgado. Minutos depois a mulher deixa o quarto em direção ao elevador, mas entra num outro quarto com Dudu. Posteriormente ela deixa o dormitório e se dirige até a recepção do hotel, onde vai embora. A defesa dos jogadores alega apenas uma discussão e suposta agressão.

JOÃO DIOGO NEGA AS ACUSAÇÕES

No ultimo domingo (09), em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, para a TV Record, o atacante negou todas as acusações relatadas pela modelo. “Em nenhum momento eu abusei ou fiz qualquer coisa, não tive qualquer tipo de relação com essa moça”, diz ele. Confrontado com as imagens que o mostram na porta do quarto do hotel em que a modelo estava com seu então colega de time, Delgado, João afirma que as cenas não representam o que ocorreu de fato: “Concordo plenamente que é o que as pessoas imaginam, mas não é o que aconteceu. Não era minha intenção entrar no quarto com Delgado sabendo que a moça estava ali”, afirmou. 

ADVOGADOS DO PARAENSE CONTESTAM CONCLUSÃO DO INQUERITO

A defesa do atacante João Diogo, do Botafogo de Ribeirão Preto, critica o inquérito da Polícia Civil que investigou o atleta e outros dois jogadores do clube paulista pela acusação de estupro contra uma mulher no Rio. João Diogo foi indiciado por injúria e importunação sexual. Em nota, os advogados Graciele Queiroz e Raul Rodriguez contestaram que indiciamento cabia ao Ministério Público e não era tarefa do delegado responsável pelas investigações.  

A defesa do jogador questionou ainda que petições não foram atendidas e que todo o procedimento foi realizado de maneira muito rápida e sem o depoimento do atacante argentino Lucas Delgado. Os advogados de João Diogo também afirmaram que uma testemunha apresentada por eles não foi ouvida e que um perfil falso em uma rede social, que teria pedido uma quantia em dinheiro para retirar a queixa contra os atleta,  não foi investigado pelo policiais.

CONFIRA A NOTA DOS ADVOGADOS DE JOÃO DIOGO NA ÍNTEGRA

“A Dra. Graciele Queiroz e o Dr. Raul Rodrigues, advogados do jogador João Diogo Jennings, vêm, através dessa nota oficial, se manifestar tecnicamente sobre os fatos ocorridos com o fim do inquérito policial.  Com extrema estranheza que, ao tomar conhecimento do relatório final do célere inquérito policial, constatamos que o delegado responsável imputou ao jogador João Diogo a conduta dos artigos 215-A e 140 do Código Penal, o indiciamento não cabe ao delegado e sim ao ministério publico que ao ter acesso ao relatório final irá decidir se há ou não indícios.

Insta salientar, que NÃO HOUVE CONDUTA CRIMINOSA praticada por João Diogo em nenhum momento e sob nenhuma ótica que se analise o caso. Importante também frisar que João Diogo compareceu espontaneamente à 04ª Delegacia de Polícia do RJ, mesmo residindo em Ribeirão Preto – SP, ao tomar conhecimento dos fatos que lhes eram imputados pela sedizente.

A defesa protocolizou diversas petições requerendo diligências afim de colaborar com o trabalho da polícia, entretanto não foram atendidas pela autoridade policial que, com ligeireza, finalizou um inquérito dessa complexidade e importância em apenas 10 dias, sem ouvir a testemunha requerida pela defesa e sem investigar quem estaria por trás de um perfil fake na rede social “Instagram”, (que pediu R$ 50 mil reais para “retirar a queixa”) sendo que a lei estabelece 30 dias de prazo prorrogável por mais 30 para conclusão do ato pré processual.

É intolerável antecipar qualquer juízo de valor sobre o caso em tela apenas por falas vazias da “sedizente” e especulações propagadas é sabido que a palavra da mulher tem relevante valor, entretanto deve ser corroborada com demais elementos fáticos que sejam capazes de corroborar com o alegado, afinal estamos diante de uma gravíssima acusação e que não pode ser tratada como verdade absoluta sem que haja uma base sólida para isso.

Por derradeiro, é importante esclarecer que o inquérito policial foi encerrado sem que o jogador Alexis Lucas Delgado fosse ouvido, apesar de ter se colocado à disposição desde o início, conforme e-mail enviado para polícia civil de São Paulo, entretanto nunca foi chamado para ser ouvido, nem mesmo por carta precatória, haja vista ter retornado à Argentina desde que teve seu contrato rescindido com o clube Botafogo – SP.

As incongruências e inverdades no discurso da sedizente serão cristalinas ao longo da instrução processual e toda sociedade saberá da verdade.”

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