O dia 12 de maio de 2002 ficou marcado na lembrança de quem torcia por Rubens Barrichello na Fórmula 1. Naquele dia, o brasileiro liderava o GP da Áustria, mas, pouco antes de receber a bandeirada da vitória, entregou o P1 ao parceiro de equipe Michael Schumacher, após receber ordens da Ferrari.

O alemão finalizou a corrida em primeiro lugar e Rubinho ficou em segundo, mas com aquele gosto amargo. Schumacher, ao som do hino alemão, insistiu que Barrichello subisse ao lugar mais alto do pódio. Os dois estavam visivelmente sem jeito, no momento.

Desde então, Barrichello virou motivo de piada e a cena foi “imortalizada” pela narração de Cléber Machado, que dizia: “Hoje não! Hoje não… hoje sim!”, na hora em que Schumacher ultrapassava o brasileiro.


“Vai ter música de vitória? A Ferrari não vai atrapalhar o nosso domingo? Rubens Barrichello, que começou em 1993. Rubens Barrichello, que tem 29 anos de idade. Rubens Barrichello, que completa hoje 202 corridas. Vem, Barrichello! Encosta Schumacher. Eles vão para a última curva. Hoje não, hoje não… hoje sim. Hoje, sim?! É inacreditável. Olha, é inacreditável. Não há nenhuma necessidade da Ferrari fazer isso. Se eu tivesse apostado todo o meu dinheiro, eu teria perdido”, falou o narrador durante a transmissão da TV Globo.

Acontece que Schumacher já havia vencido quatro dos primeiros GPs daquela temporada, o que deixou o alemão 21 pontos à frente de Juan Pablo Montoya, enquanto Barrichello havia somado bem menos pontos. A Ferrari pressionou o brasileiro a “preservar os interesses da equipe”, forçando-o a deixar Schumi passar à frente no final da competição.

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