As três últimas temporadas no Clube do Remo como protagonista, em um total de quatro anos consecutivos no estádio Baenão, em Belém, rendeu ao goleiro Vinícius um papel que vai além de ídolo remista. O atleta irá iniciar agora a sua mais nova responsabilidade, como representante do povo. O atleta de 36 anos foi eleito vereador no pleito municipal do último domingo (15) com 7.070 votos, o 11° mais votado na capital paraense.

 Preparado para ser empossado no próximo dia 1º de janeiro, o novo desafio do azulino, embora celebrado pelo Fenômeno Azul, na mesma proporção, causou preocupação quanto ao foco e dedicação de Vinícius na meta do time, especialmente em um momento decisivo vivido pela equipe nos gramados, a um passo da almejada classificação na Série C nacional. Quanto a isso, Vinícius esbanjou comprometimento para executar, daqui para frente, as duas funções. “A gente vai procurar adequar da melhor maneira possível. Tenho certeza que não vai ser problema algum conciliar os jogos, treinamentos, com o meu trabalho na câmara. Não vou ter dificuldade alguma, não vai me atrapalhar em nada, pelo contrário. Sigo motivado, confiante. Uma motivação a mais para que eu continue dando o melhor, máximo, dentro de campo”, ponderou.
A vaga do atleta do Legislativo levantou alguns assuntos de curiosidade, como aposentadoria, suporte ao clube e a carreira dentro da política. Confira abaixo o posicionamento do atleta.

A torcida azulina certamente foi a principal apoiadora da sua eleição. Como pretende devolver esse suporte ao Remo e à própria torcida?

R: Óbvio que a gente tem um carinho especial pelo torcedor azulino, pelo Fenômeno Azul, que me apoiou e que votou em mim. Mas agora como vereador tenho um dever não só com o torcedor do Remo, mas com a população em geral. No que a gente puder ajudar, não só o Clube do Remo, mas a população em geral, vamos ajudar. Não só o Clube do Remo, mas todos os clubes, vamos trabalhar porque é um esporte que mexe com a cidade, lazer, cultura, com a história. Não existe Belém sem mencionar a dupla Re-Pa. O Paysandu faz parte da história, do esporte, lazer. São dois clubes que também têm muita inclusão social.


Com o Remo próximo de garantir a classificação e o desejo de conquistar o acesso, como você pretende revezar a sua nova função com o time em uma Série B, em caso de acesso, já que o calendário é mais corrido?

R: A gente vai conciliando tudo. Tem os meus dias de treinamento, tem os dias na câmara para comparecimento. Vamos intercalando para trabalhar nas duas áreas tranquilamente. Acho que tudo é questão de adaptação, de encaixe. Tenho certeza que não vai ter problema algum.

A sua entrada na política encurta de alguma forma a sua caminhada como atleta profissional para se dedicar ao novo ofício ou você ainda se vê atuando por bastante tempo pelo Remo?

R: Me vejo atuando por mais tempo. Tenho esse compromisso com o torcedor azulino. Claro que não depende só de mim, mas do clube. Espero que nos próximos meses esteja recebendo a oportunidade de renovar o meu contrato e pretendo, sim, jogar por mais três temporadas. Se o corpo permitir a gente continuar jogando em uma performance que dê para ajudar, vou jogar.

De onde e como partiu a sua decisão para ingressar na política ainda como um atleta em atividade?

R: A minha esposa sempre fez bastante ações sociais, só que não tínhamos certa divulgação, não gostávamos muito. Nessa pandemia ajudei a minha esposa e a gente viu o quanto o povo carece e isso nos comoveu. Vi na política uma ferramenta a mais para ajudar. Daí partiu (a ideia da candidatura). Se temos essa oportunidade de contribuir, a população de Belém pode sempre contar comigo.

(Diário do Pará)

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