O goleiro Gabriel Leite, do Paysandu, admite ser um privilegiado. Quando muitos jogadores que atuam na mesma posição que ele, enfrentam dificuldades para manter a forma, sobretudo no aspecto técnico, devido à suspensão das atividades da maioria dos clubes, por causa da pandemia da Covid-19, Leite dispõe não só de um local para se movimentar, mas, também, da ajuda de um treinador. O arqueiro, que se encontra em sua cidade de origem, Curitiba, tem, segundo informou, trabalhado diariamente.

“Estou treinando com um preparador de goleiros, que é o Renato Secco. Alguns colegas de profissão, infelizmente, não contam com esse benefício e, por isso, não conseguem fazer esses treinamentos, que são muito importantes pra nós, goleiros. Quem joga nessa posição tem as suas especificidades e precisa de treinamentos diferenciados”, comentou Leite em entrevista exclusiva ao DIÁRIO. “Por isso acredito que sou um privilegiado sim”, admite Leite, que, por conta dos treinos na região Sul acredita que levará vantagem na volta aos treinamentos normais dos times paraenses.


“Quando voltarmos a treinar, acredito que vou conseguir estar um pouco à frente dos colegas de profissão”, previu. Leite revelou que o seu preparador em Curitiba é um velho conhecido e que acompanha a sua trajetória no futebol há bastante tempo. “Eu já havia treinado com o Renato Secco, que foi meu treinador de goleiros quando eu tinha 17, 18 anos, na base do Paraná-PR. O Secco foi o meu treinador quando eu subi da base para o profissional em 2007 e ficou trabalhando comigo até 2010”, detalhou Leite.

O goleiro do Papão contou, no bate-papo, que o relacionamento com Secco vai além do trabalho profissional. “Ele é meu padrinho de casamento. É um cara que virou um grande amigo meu e com quem eu tenho uma grande amizade e afinidade. É um cara muito parceiro. Agradeço sempre por tudo o que ele tem feito por mim, ainda mais nesse momento de grande dificuldade”, comentou o goleiro, informando que o local onde treina – um campinho da própria casa – oferece boas condições.

“Tem um gramado bom e o material de treino é bom. Dá pra fazer a maioria daquilo que se exige para a boa preparação de um goleiro”, revelou Leite, que tem, mesmo a distância, acompanhado atentamente as informações sobre o futebol do Pará, utilizando para isso a internet e, claro, o contato com outros companheiros de clube, que possuem um grupo em uma das redes sociais. O jogador evitou se manifestar sobre a volta do futebol no estado. “Isso compete às autoridades”, alegou.

(Diário do Pará)

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